segunda-feira, 30 de abril de 2012

Vem da rua. [Izabella Lourença] #1.


 “Reunir a galera para promover diversão e arte, através da Dança, Música e Grafite”. Assim, Pedro Valentim (mais conhecido como PDR) sintetiza o Duelo de MC’s, que encanta a cidade toda sexta-feira à noite, embaixo do viaduto Santa Teresa em Belo Horizonte (MG).  
Iniciando o trabalho, conversei com PDR, membro da Família de Rua (grupo que organiza o evento), que contou a história e contextualizou esse movimento hip hop de BH. Pedro ainda se posicionou a respeito da concretização do evento, falando sobre público, preconceito, comunicação, respeito, justiça nas batalhas e o papel que o evento cumpre na cidade. Sempre ressaltando os valores do hip hop: Paz, Amor, União e Diversão, bem como usando frequentemente a palavra Irmandade ao se referir aos Mestres de Cerimonia.
Mas, para não me ater somente a conversa com a organização, conversei com as pessoas da plateia, que, no meu alcance ainda ínfimo, apresentou posicionamentos e ideias que seguem uma mesma linha de raciocínio, com poucos pontos divergentes. Mesmo assim, considero o público do Duelo de MC’s muito amplo e as minhas conversas foram muito aquém das necessárias.
Propus-me nessa postagem colocar um vídeo de uma sexta-feira embaixo do viaduto. Apresento então um vídeo coletado da conta “IndieBH“ do youtube, gravado no último dia 13 embaixo do viaduto, do MC Ninja HD com sua música Rima pra todo mundo. Pois, a meu ver, representa perfeitamente o sentimento de cada rapper que sobe e que não sobe ao palco do Duelo de MC’s.



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Okupe a cidade! [Rodrigo Andrade] #1

A noite da última sexta,
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Nasce a Capricho

A revista Capricho surgiu em 1952, em um formato muito diferente do que conhecemos hoje. Era uma revista pequena, de formato quinzenal, que contava com fotonovelas como uma das principais atrações. Cada edição trazia um "capítulo" diferente das fotonovelas, o que agia como um mecanismo para cativar o leitor, além de propagar também tendências de moda e comportamento.  

O contexto histórico de seu nascimento foi cheio de importantes modificações culturais, como o surgimento do Rock'n'Roll e a "idade de ouro" do rádio. Apesar disso, o conservadorismo ainda assolava setores da sociedade, imperando convenções e tabus no concernente a comportamento e sexualidade, principalmente no sexo feminino. 

Capricho passou por diversas modificações em seus 50 anos de publicação, acompanhando as mudanças sociais e oferecendo conceitos e tendências que marcaram várias gerações.  O progresso da linha editorial da revista relaciona-se com a evolução das ideias, da ciência e da sociedade, como buscarei demonstrar nas próximas postagens. 





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Crowdsourcing e o novo momento da comunicação [Augusta Deluca] #1

  O crowdsourcing é um fenômeno recente, e claramente se enquadra entre os tipos de relação proporcionados pelas mídias digitais. Diz-se por aí que a internet é um ponto de convergência de outras mídias e é por isso considerado um meio híbrido. Pelo que já pude observar nesse início de pesquisa posso dizer que o crowdsourcing possui características bem semelhantes, não só por pertencer justamente a esse meio – a internet. As relações econômicas de mercado são um exemplo. Dos cases de crowdsourcing que recolhi até agora, os sites de crowdfunding –arrecadação de fundos de forma coletiva – são os que existem em maior número. Há aqui uma convergência em outro âmbito; mercado e comunicação se encontram para proporcionar que tal ferramenta exista. Os projetos que utilizam a ferramenta são essencialmente para arrecadar fundos ou para propor uma nova forma de freelance, mas não obteriam sucesso sem a nova dinamicidade da comunicação e formas de propagação da informação características das novas mídias. Esse é um dos pontos mais interessantes que pude observar. Há vários outros casos de crowdsourcing, ainda que em menor número. Mas assim como o crowdfunding serão melhor pesquisados nas próximas quinzenas. 
    Notei nessa primeira etapa a amplitude do que há para ser pesquisado apenas na relação comunicação – crowdsourcing e, por isso, percebo que terei de abandonar a cibercultura no meu trajeto. Por isso fiz alguns cortes na bibliografia pré-estipulada, seguidos de um ou outro acréscimo.

                                       
Jeff Howe: jornalista que "criou" o termo crowdsourcing em um artigo da revista Wired.
<http://www.wired.com/wired/archive/14.06/crowds.html>
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Melhor de Três Curtas e Documentários de Jorge Furtado [Cristiane Duarte] #1


Aqui irei apresentar uma pequena explicação sobre o gênero: Documentário e alguns exemplos de filmes de Curta-Metragem (denominação para filmes de até 30 minutos). Para tanto, ilustrarei as explicações baseando-me na produção cinematográfica do brasileiro Jorge Alberto Furtado! 
Gaúcho, nascido, em Porto Alegre, em 09 de Junho de 1959, Rio Grande do Sul, Furtado desenvolve trabalhos como: cineasta, produtor, roteirista, diretor, dentre outros. Sua trajetória profissional começa bem inusitada, pelo fato de ele ter cursado parcialmente diversos cursos, como: medicina, psicologia, jornalismo, e artes plásticas. Em 1980 trabalha como apresentador, repórter, editor, roteirista e produtor na TV Educativa de Porto Alegre. Já em 1984, cria a empresa Luz Produções, com José Pedro Goulart e Ana Luiza Azevedo, com a qual faz seus dois primeiros curtas. Em 1987, participa da fundação da Casa de Cinema de Porto Alegre, da qual participa até os dias de hoje. 
No site da Casa de Cinema é possível ler postagens de um blog feito por Furtado, como também, ter informações de diversas produções áudio visuais de sua autoria: curtas, documentários, longa metragens, dentre outros. Inclusive é possível assistir à várias dessas produções por intermédio de links que direcionam diretamente para os vídeos, no site Porta Curtas, e, até, em alguns casos, baixar os vídeos!!!



Dentre as produções cinematográficas que alcançaram grande sucesso de crítica e público é possível citar: O dia que Dorival encarou a guarda (1986), Barbosa (1988),  Ilha das Flores (1989), que para muitos é considerado um clássico em documentários experimentais; O homem que copiava (2003) ,que foi visto por mais de 600 mil pessoas; Decamerão - A Comédia do Sexo (série de TV, em 2009), Meu tio matou um cara (2004),  Antes que o Mundo Acabe (2010),  O coronel e o lobisomem (2005), 2003 - Cidade dos homens (série de TV, em 2003), Lisbela e o prisioneiro(2003).
Algumas de suas premiações de destaque: 2003_ Grande Prêmio Cinema Brasil de melhor diretor e de melhor roteiro original, por O homem que copiava; 2003_ Prêmio de melhor roteiro no Festival Internacional de Miami, por O homem que copiava; 2003_ Prêmio da Crítica no Festival Internacional de Punta del Este, por O homem que copiava; 1989_ Urso de Prata de melhor curta-metragem no Festival de Berlim, por Ilha das Flores (1989) e em 1986_ Melhor curta-metragem nos festivais de Gramado, Havana e Huelva, por O dia em que Dorival encarou a guarda.
Em breve irei oferecer 3 vídeos documentários e 3 Curtas juntamente com os dados sobre as obras apresentadas.
É isso! Espero sugerir bons exemplares da produção de Furtado, para que todos que acessem o blog tenham momentos de conhecimento e distração!

Até a Próxima Postagem!!!






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De piada a modelo - [Marcos Cerqueira] #1


O que o mercado nos ensina que não adianta ter um produto bom se você não for reconhecido por isso. Meu projeto visa analisar as propagandas e ações que a montadora Hyundai produz para vender seus produtos e sua imagem que, na década de 1990, era associada a carros de baixa qualidade.

Nesta primeira quinzena, pesquisei mais sobre a história da marca e seus gastos/ações com publicidade.

A Hyundai deu uma virada junto com o milênio. Foi no final da década de 1990 investimentos pesados tanto no desenvolvimento como no marketing de seus produtos fizeram com que o consumidor associasse à mesma a premissas como tecnologia, design e robustez, diferenciais no mercado automotivo.

A partir de 1999 ações, como oferecer 10 anos de garantia em seus carros, buscaram ressaltar a confiabilidade de seus produtos. No Brasil, a marca passou a oferecer 5 anos de garantia, algo até hoje pouco usual no mercado. Investimentos visando garantir a visibilidade da marca também começaram a ser realizados, como patrocinar a Copa do Mundo.

No Brasil, representada pelo grupo CAOA, a montadora é uma das que mais investe em publicidade. Segundo o Ibope, em 2009 foram R$744,5 milhões investidos em anúncios, em 2010 R$1.324.500 e em 2011 R$1.098.751 milhões, quantias suficientes para situar a marca entre os 5 maiores anunciantes do país.

Os resultados desses investimentos são observados ao serem consultados seus índices de venda e os vários prêmios ganhados listados pela montadora aqui.

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Oprah e o povo [Pedro Pinho] #1


No dia 8 de setembro de 1986 se iniciava o famoso "The Oprah Winfrey Show", que se estenderia por 25 anos, com o impressionante número de 4651 episódios. Oprah havia assumido o AM Chicago, um talk show da emissora local de chicago WLS-TV, dois anos antes, em 1984. Oprah rapidamente levou o talk-show do últmo lugar para o primeiro lugar em audiência. Dois anos depois, o programa seria reformulado para o título atual e passaria a ser transmitido nacionalmente.

Oprah, no primeiro episódio de seu programa, em 1986

Oprah dedicou-se a abordar inúmeros temas da cultura popular americana, tornando-se conhecida pela coragem de tratar de temas polêmicos que afetavam a sociedade no momento. O programa abordava uma extensa gama de assuntos, que ia desde racismo até perda de peso. O programa se torna o talk-show de maior audiência da história da televisão americana, onde Oprah adota uma abordagem simples e franca dos tópicos da época, sempre de um ponto de vista que se relacionaria com o espectador. Pessoas "normais" ganham um espaço novo na televisão, com a presença de uma audiência que frequentemente era entrevistada e opinava sobre o tema tratado no episódio.

Oprah no último episódio de seu programa, em 2011

Escolhi pesquisar sobre a presença do indivíduo comum americano no programa. Acredito que o programa de Oprah demonstra de forma muito interessante a até então inovadora presença da temática do ponto de vista do cidadão comum. Claro, assuntos polêmicos e únicos eram tratados, mas sempre a partir do olhar de alguém similar ao expectador. Oprah sempre se coloca no mesmo patamar de seu público, posição essa que em parte foi responsável pela sua grande audiência. Mais do que espectadores, a apresentadora reunia fãs fiéis que, de alguma forma, se viam no programa. Pretendo focar nesse assunto minha pesquisa e as próximas postagens.
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Os primeiros longas-metragens e as personagens femininas de Almodóvar [Thaiane Bueno] #1


Na primeira quinzena destinada à realização do projeto, assisti aos filmes “Pepi, Luci e Outras Garotas de Montão”, “Labirinto de Paixões”, “Maus Hábitos” e “Que Fiz Eu Para Merecer Isto?”. Estes foram os primeiros longas-metragens dirigidos por Pedro Almodóvar, sendo que todos foram lançados na década de 1980. Nos filmes temos elementos que possibilitam uma rica observação acerca dos gêneros, uma vez que contamos com várias personagens femininas de destaque, transexuais, dentre outras que colocam em questão os limites de gênero e sexualidade.

Em “Pepi, Luci e Outras Garotas de Montão” temos três personagens femininas que são bons exemplos de como o diretor retrata a mulher em seus filmes. Pepi é uma garota criativa e moderna, Luci é uma dona de casa masoquista, e Bom que é uma cantora punk.Por trás de suas excentricidades, as três desejam a liberdade, mas são extremamente solitárias. No fim, Luci abre mão de ser livre e volta para seu marido, contrastando com as outras duas garotas que mantêm a liberdade, mas ficam sozinhas.

Bom, Pepi e Luci

No livro “Conversas com Almodóvar”, o autor disse: “Interessa-me muito esse caráter vago e deambulatório das personagens femininas. Uma pessoa solitária, que não tenha um objetivo particular e que constantemente beire o estado de crise encontra-se numa situação de grande disponibilidade, tudo pode lhe acontecer, e por isso é uma personagem ideal para contar uma história.”. Esse trecho explica claramente o gosto do cineasta por retratar mulheres conturbadas, e podemos confirmar isso assistindo aos seus primeiros longas.  


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Martin Scorsese e a violência [Nina Rocha] #01

Violência, máfia, drogas e traição. Estas são temáticas frequentemente abordadas em inúmeros filmes, mas destacadas como marcantes nas tramas cinematográficas do diretor norte-americano Martin Scorsese. Nascido na cidade de Nova York em 1942, Scorsese é dos diretores com maior destaque no cinema mundial desde os anos 70 e o seu legado de longas-metragens e documentários raramente fica de fora de listas de melhores filmes.

 Scorsese frequentou a escola de cinema de Nova York, e ao lado de diretores como Francis Ford Coppola e Brian de Palma, participou do movimento da “Nova Hollywood”. Seus filmes refletem suas origens nova-iorquinas – várias de suas tramas se passam em Nova York, destacando-se Os Bons Companheiros e Taxi Driver -, sua devoção católica, como no polemico A Ultima tentação de Cristo – Scorsese quando jovem quis seguir a carreira religiosa -, e sua descendência italiana, presente em filmes como Gangues de Nova York e Caminhos Perigosos.

 Seu primeiro filme notório entre a critica especializada e publico foi Taxi Driver, lançado em 1976. O filme estrelado por Robert De Niro – ator que participa de boa parte dos filmes do diretor – retrata a saga de um jovem motorista de taxi pelas madrugadas nas ruas sujas de Nova York. Scorsese foi indicado ao Oscar por Taxi Driver e cinco outros longas ao longo de sua carreira, mas o seu único premio da Academia de melhor diretor foi por Os Infiltrados, em 2006. Em 2010, Scorsese foi homenageado no Globo de Ouro pelo seu conjunto de obras. Abaixo, confira o vídeo exibido na premiação, que compila os principais momentos de seus filmes.


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Itamar Assumpção, o independente [Gislene Portilho] #1





Itamar Assumpção foi um grande artista brasileiro. Cantor, compositor, instrumentista, arranjador e produtor musical marcado por seu talento e excentricidade, produziu quase a totalidade de seus discos de forma independente.
Entre os anos 1970-1980, tornou-se referência da Vanguarda Paulistana junto com outros artistas importantes como Arrigo Barnabé, Tetê Espíndola e Ná Ozzetti. Na Vanguarda, desafiou os formatos tradicionais de canção, injetando atonalismo e experimentalismo na música popular, chocando acadêmicos e  boa parte do público que se espantava com suas letras e performances no palco.
O artista gravou discos considerados antológicos como "Beleléu", "Às Próprias Custas S/A" e "Sampa Midnight". Ao longo de sua carreira estabeleceu fecundas parcerias com Arrigo Barnabé, Naná Vasconcelos, Luiz Tatit, Jards Macalé, Paulo Leminski, Alice Ruiz, dentre outros.
O termo independente sempre associado a Itamar Assumpção não se referia somente ao fato de ele ter conduzido todo processo de gravação, distribuição e divulgação de seus discos como também se referia a uma postura estética que não seguia padrões do mercado fonográfico. Por sua atitude desafiadora, intransigente e intempestiva e a sua não associação a nenhuma gravadora era chamado por parte da imprensa como maldito e marginal. Recusava estes adjetivos com frequência, sempre dizia em seus shows “não sou marginal, sou um artista popular brasileiro”. 
E foi, sem dúvida, dos grandes. Deixou 12 discos gravados e uma história musical impressionante.



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A Ditadura Militar brasileira nas telas de cinema [Thaís Choucair] #1


              

              Tortura, mortes, censura. Chegam os anos 80: após um árduo período sofrendo a Ditadura Militar, o Brasil consegue respirar novamente. Mas tais anos calados, sufocados, haveriam de deixar marcas. Na memória, na consciência, na História do Brasil. O que se passara nos porões militares, nas ruas, nas mentes, precisava ser mostrado, dito, gritado. O cinema foi – e é – um dos principais meios (e fins!) utilizados para retratar tal época. Porém, um período tão complexo, tão silencioso, e tão importante, não poderia deixar de gerar visões com tantas diferentes facetas. A História da Ditadura não é uma, nem duas, nem três: são várias. Tal como são suas representações fílmicas. E grande parte delas viveu ali, em fitas e depois DVDs, colecionadas no armário da sala, prontas para que alguém mergulhasse nelas. E aqui vou eu.

            1982: Roberto Farias lança “Pra frente Brasil”. No roteiro, dentre outras coisas: tortura, participação americana no treinamento de militares brasileiros, financiamento feito por civis (empresários brasileiros), da “caça” aos subversivos: assuntos que eram, absolutamente, tabus. O filme foi censurado, depois cortado. Só em 1983 foi exibido inteiramente. Na produção, um homem comum, Jofre, é preso por engano em 1970, ao pegar um taxi com um “subversivo” procurado pela polícia. O enredo é visto sob a ótica da família de Jofre, que sofre procurando-o, primeiramente por vias formais (de acordo com o filme, a sociedade não fazia a mínima ideia do que se passava graças à censura) e, depois, pela ilegalidade. Jofre é torturado, exigiam que ele contasse o que sabia. Tais cenas da tortura são intercaladas com cenas da Copa do Mundo de 1970 no México, e, no ápice do filme, a morte de Jofre, a Seleção Brasileira comemora o tricampeonato. É retratada uma vitimização da população brasileira, que não sabia de nada e ficava ao meio da perversidade dos militares e da irresponsabilidade dos militantes: o herói do filme é um homem comum.

            Em 1981, é lançado “Eles não Usam Black Tié”, filme de Leon Hirszman. Já essa produção não trata da ditadura diretamente, e não volta alguns anos no tempo, para aqueles piores (na década de 70), mas é sobre seu próprio período, quando se iniciava a abertura política. Na trama, numa cidade pobre onde a maioria das pessoas trabalhava em uma fábrica, uma greve é organizada. O filme mostra, sim, a repressão militar batendo e contendo a greve nas ruas. Porém, o ponto mais intrigante é a indecisão de um jovem, de 20 e poucos anos, que ficava entre a greve, tomada de frente por seu pai, e a gravidez de sua namorada, a qual ele pensava que devia sustentar e cuidar. Uma cena do filme sintetiza, ao meu ver, uma questão importantíssima apresentada por tal produção: o pai do jovem, quando este último fica amedrontado em participar do movimento sindical, diz que o entende, entende seu medo, seu receio, pois ele havia crescido na Ditadura. 


Desta fala e de outras é que pude refletir: as marcas da Ditadura podem ter sido muito mais internas e subjetivas do que já se pôde imaginar. 
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"E o Boeing decolou." [Marlon Henrique]#1



E o Boeing decolou.”


No dia 1 de setembro de 1969, entrava no ar o primeiro telejornal brasileiro em rede, o Jornal Nacional da TV Globo. A expressão do título foi dita no dia da estreia do telejornal e revela a complexidade de se produzir um programa em rede. Tal fato só foi possível através da criação da Embratel, em 1965, pelo governo militar, que possibilitou a transmissão via micro-ondas e, posteriormente, satélite no Brasil.

O primeiro cenário do Jornal Nacional foi inaugurado em 1965 e permaneceu no ar até 1972. Tal cenário se caracterizava por sua simplicidade, sendo composto apenas por uma bancada na cor preta e um painel que continha logos do JN e da Globo, que ficava ao fundo dos apresentadores. Mesmo sendo caracterizado como simples, o primeiro cenário do JN carregava uma grande responsabilidade, que era ser a “cara” do primeiro telejornal brasileiro em rede, em um período no qual grandes dificuldades técnicas estavam presentes na produção e transmissão do telejornal.

Nos anos de 1971 e 1972, a TV Globo ampliou sua rede de emissoras para Brasília e Recife. Além disso, incorporou diversas tecnologias. Outra inovação foi chegada da cor à televisão, em 1972, que foi implantada na produção do Jornal Nacional em 1973.

Em 1972, o JN passou a ter um novo cenário que, agora em cores, possuía um mapa-múndi com a logo do telejornal, ao fundo dos apresentadores. 

Em 1979, o JN ganha um novo cenário composto por duas paredes, quatro monitores e uma logo do JN. Tal cenário permitia mais enquadramentos de câmera e maior movimentação dos apresentadores.


Rede Globo/Rede Globo Cenário do JN, em 1969.
Rede Globo/Rede GloboCenário do JN, em 1972.
Rede Globo/Rede GloboCenário do JN, em 1979.



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Tarantinando [Iara Costa] #1




Os filmes de Quentin Tarantino possuem uma legião de fãs que se encantaram com a estética do diretor: diálogos curtos e rápidos, histórias contadas de forma não-linear, referências pop, ultraviolência, e o mais importante: as referências que o autor faz a si mesmo.
Nos próximos posts vamos analisar filmes consagrados do diretor que revelam essa estética, as ligações entre eles, e ainda, como Tarantino criou um mundo próprio, revelando assim uma estratégia de marketing excelente. Abordaremos quais produtos ele criou e utilizou nos filmes como se fossem marcas existentes e consumidas pelos personagens; além disso, é importante mostrarmos que, para compor esse universo próprio, ele mesmo participa, atuando em filmes e citando suas obras dentro de outras.
Primeiro analisaremos o Projeto Grindhouse, que é composto por dois filmes: “Planeta Terror” e “À Prova de Morte”, feitos em parceria com Robert Rodriguez, sua ‘alma gêmea criativa’, e criaremos conexões com outras obras do autor.
Veja o que você já pode esperar do próximo post: esse vídeo é composto de thrillers falsos criados por Tarantino para serem utilizados exclusivamente no Projeto Grindhouse, para separar os dois filmes (Planeta Terror e À Prova de Morte). Mais uma vez, ele cria produtos com identidade própria, alimentando esse universo “Tarantinesco”.


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J.R.R.Tolkien e a criação da Terra Média [Geraldo Garcia] #1

A Terra Média,sem dúvida nenhuma,trata-se da maior criação de fantasia medieval da história e o pináculo central da mitologia Tolkeniana.Seu nível de detalhismo e organização é tamanho que pode-se confundir seus manuscritos descritivos com registros históricos de períodos imemoriais europeus onde seres míticos e grandes forças superiores estavam em constante atrito pelo controle do mundo conhecido.Costuma-se dizer que Tolkien teve a oportunidade de dar vazão a diversas facetas de sua personalidade enquanto concebia sua obra (ecologista,escritor,poeta,cristão,filólogo,etc),e juntamente com diversas conjunturas sociais nas quais esteve inserido durante sua vida (Primeira e Segunda guerras mundiais,Crise de 29,ascensão comunista e outros),moldou um universo com diversas influências e percepções próprias destas,condições que talvez jamais sejam replicadas.
As principais obras de J.R.R.Tolkien
Os três pilares de sustentação de suas obras são basicamente o catolicismo,o seu amor pela natureza e os seus filhos,que na verdade foram a razão principal pela qual Tolkien começou a criar seu universo,de qualquer maneira.Somando-se a isso novas roupagens de mitos e lendas europeias e em especial britânicas,estava pronta a receita para a criação da “Obra Máxima”,como é conhecida pelos fãs de seu trabalho:O Senhor dos Anéis.A saga do Um Anel se passa inteiramente na Terceira Era da Terra Média,recheada de referências à natureza e com valores cristãos subentendidos no desenrolar da trama principal,como o bem e o mal,a fidelidade,a integridade,a amizade e a compaixão,dentre outros.



Uma rara entrevista gravada com J.R.R.Tolkien em 1968 e divulgada pelo programa britânico Newsnight da BBC de Londres:

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Sugestões de Turismo oferecidos pelo cinema [Milton Guimarães]#1


Durante minhas pesquisas sobre as formas de sugestão de turismo exibidos pela mídia, desenvolvi um percurso para o entendimento da força midiática e como ela influencia na escolha do individuo sobre o local para onde ele pretende viajar. A princípio meu trabalho estava voltado a entender e analisar as maneiras como diferentes locais e culturas são abordados em filmes e dessa maneira conseguem captar a atenção do espectador que possivelmente buscará visitar a localidade que esteve em questão na produção cinematográfica. Porém durante minhas pesquisas encontrei textos que explorando estas mesmas idéias, buscam inicialmente transcorrer a maneira como os indivíduos são influenciados pelo discurso cinematográfico e se identificam com os filmes e com seus personagens. Em um dos trabalhos lançados pelo Intercom- Sociedade Brasileira de Estudos Interdisciplinares em Comunicação, sobre Turismo, Pós-modernidade e Mídia, o autor descreve que “As relações entre o indivíduo e a sociedade foram alvo de uma mediatização generalizada no decurso da qual a construção de imaginários, a formulação de normas e a consolidação de visões de mundo dependem cada vez mais da presença de órgãos de comunicação social”, demonstrando que os indivíduos não possuem apenas a características de buscarem a experiência do filmes com o turismo, mas que a mediatização foi capaz de trabalhar a o imaginário das pessoas e principalmente em sua relação com o cinema.


 Com isso comecei a observar as formas na qual os discursos são desenvolvidos no cinema e pude analisar as maneiras como as relações pessoais são construídas pela mídia e que afetam profundamente outros fenômenos como o turismo que se desenvolve a passos largos graças às inovações cinematográficas concebidas em favor da generalização mediática descrita pelo autor supracitado.


 Além disso o autor mostra que um dos indícios que fazem com que mídia e turismo possuam uma relação de complemento, é na maneira como a sociedade globalizada construiu um fascínio pela vida do “outro”, ou seja, aquele indivíduo participante de outra cultura e que não possui os mesmos costumes do turista que ,desta maneira, busca conhecer e entender a vida e os costumes do “outro” além das telas do cinema, para que desta forma, possa saciar a curiosidade em obter um conhecimento sobre a maneira de viver dos indivíduos de outras culturas.

 Com isso tenho buscado desenvolver mais estudos sobre mídia e turismo entendendo as relações entre o cinema e as pessoas e como através desta relação o fenômeno turístico tem sido desenvolvido.
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Os profissionais da Comunicação nas telas de Cinema - Jornalismo [Amanda Almeida] #1

Minha proposta é analisar como profissionais das áreas da Comunicação são retratados no cinema.

A primeira área retratada é o Jornalismo, e o filme escolhido foi “O Informante” (1999). Na trama, a emissora de tv não transmite uma entrevista, que mudaria os rumos da indústria do tabaco, por conta de implicações jurídicas.

Sobre o profissional em questão:

Quem? Lowell Bergman (Al Pacino), produtor

Onde? 60 Minutes, CBS

Quando? 1994

Como? Quando percebe que possui material para uma grande reportagem, Lowell faz de tudo para certificar-se de que sua fonte, Dr. Wigand (Russel Crowe), ex-diretor de uma empresa de tabaco, esteja ciente dos riscos que correria. Mas devido às questões legais ligadas a um acordo de confidencialidade assinado por Dr. Wigand, se a entrevista concedida fosse ao ar, a emissora poderia passar a pertencer à tal empresa de tabaco. Lowell indigna-se com a posição do canal de não exibir a entrevista.

Por quê? Segundo Lowell, o programa possuía uma reputação de integridade. Não transmitir informações vitais à saúde da população seria ir contra tudo o que ele havia ajudado a construir. Mais que isso, Lowell se preocupa com as consequências dessa omissão à sua fonte, que, a essa altura, já tinha parte de sua vida desestabilizada. No fim, após a luta de Lowell, a entrevista acaba sendo exibida, mas quando dizem que ele ganhou, Lowell replica “Ganhei o quê?”, e se demite.

“O Informante” foi indicado a 7 Orcars, incluindo Melhor Filme. Confira o trailer: 

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Turismo Midiático - A Importância Econômica De Ser Um "Lugar da Mídia" [Patrícia Campos] #1


Nos últimos anos o mundo presenciou a febre mundial pela Saga Crepúsculo, mais uma série que, como tantas outras, conquistou inúmeros fãs e arrecadou milhões de dólares. O que nem todo mundo sabe é que a pequena cidade de 3532 habitantes onde a história acontece realmente existe, bem como todos os locais descritos nos livros, e o sucesso da série deu uma guinada de 180° no cotidiano da cidade.

     Pesquisando em sites sobre economia, cinema e sobre a própria série, descobri que antes do livro ser lançado o turismo em Forks resumia-se a 10000 visitantes por ano, a maioria pescadores e aventureiros que visitavam as florestas próximas. Em 2008, com o lançamento do primeiro filme, este número subiu para 19000 e em 2010 já chegava a 73000. Várias companhias de turismo do mundo inteiro criaram tours especias para os fãs e há até certas empresas cuja exclusividade são viagens relacionadas à Saga. A taxa dos hoteis aumentou 40%, foram abertas lojas temáticas e o Centro de Visitantes precisou ampliar seu staff para dar conta de todos os turistas. O próprio site da cidade foi alterado, sendo criada uma seção dedicada à série. Foram instaurados, ainda, o Twilight Day e o Stephanie Mayer's Day, ambos comemorados na semana do aniversário de protagonista Bella (13 de setembro)
 Apesar de parecerem absurdas para algumas pessoas, essas mudanças foram de grande importância para Forks, cuja economia se baseava na indústria de madeira e estava decaindo, levando os habitantes a procurar emprego nas cidades vizinhas. A associação com Crepúsculo também provavelmente desagrada a alguns dos habitantes, mas é impossível negar que Stephanie Mayer mudou a vida de Forks e de seus arredores. Sua obra expandiu o turismo para o ambito mundial e isso movimentou a economia e gerou novos empregos, o que, convenhamos, é sempre algo positivo.
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A análise semiótica da construção e elementação gráfica da revista ‘abcDesign’ [Mateus Lustosa] #1


Meu projeto consiste na análise do efeito de sentido produzido pela composição gráfica da revista “abcDesign”, buscando entender as estratégias utilizadas por ela, no que diz respeito à captação de leitores através da aparência estética do periódico. Desejo pesquisar sobre a influência que o visual de uma publicação pode trazer para a persuasão de novos leitores.

Como proposto por mim, nesta primeira quinzena, dedique-me a analisar três capas da revista. Entretanto, nesta postagem, me atreverei a adicionar mais uma, apenas para justificar a escolha do periódico como meu objeto de pesquisa.




Foi amor a primeira vista. Quando meus olhos perdidos depararam-se com a mais perfeita capa, do mais bonito nome, perdida entre milhares de outras revistas, senti-me obrigado a pegá-la. Mas o primeiro toque fez da primeira admiração pequena. A capa dura, texturizada, de alta gramatura fez do amor paixão, e logo estava a ler todos os leads e a folheá-la como quem nada tem a fazer, a não ser ingerir cada detalhe de uma nova obsessão.




Foi assim que me tornei assinante da revista “abcDesign”, ao avistar a capa da edição de número 33. As três demais capas (edições 30, 31 e 36) seguem o mesmo padrão de qualidade de impressão e acabamento, apresentam cores atraentes, soluções interessantes para a criação da unidade entre chamada principal e ilustração, além de garantirem-se como destaques entre outras revistas, sem criarem uma atmosfera poluída e de informações excessivas.


Neste primeiro período de trabalho, também me dediquei a estabelecer contato com o editorial da publicação, a acrescentar material à minha bibliografia e a procurar pessoas interessadas e dispostas a contribuir com o Projeto. Obtive resultados interessantes neste primeiro levantamento de parcerias e coleção de material para enriquecer minha base de pesquisa.

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O cinema - como espaço urbano - e a sociedade brasileira [Luísa Teixeira de Paula] #1


Embora 92% dos municípios brasileiros  não possuam nenhuma sala de cinema, segundo o IBGE, e os altos custos dos ingressos limitem o acesso à população das cidades que possuem estes espaços, as salas de exibição têm uma importância indiscutível para o desenvolvimento cultural da sociedade.  É por meio delas que o público, ávido por novas experiências, descobre um mundo de magia onde tudo é possível, além de se deparar com situações que reproduzem o seu cotidiano, trazendo reflexões e discussões acerca da realidade.
O Cine Olympia, de Belém, que completou 100 anos em abril desse ano e é considerado o cinema mais antigo em funcionamento no país, reafirma essa importância. “As pessoas vinham para cá não necessariamente para ver filme, mas o lance era  social, era ir bem vestido, com a melhor roupa, para chegar e ver e ser visto”, de acordo com o produtor cultural Marco Antônio Moreira. “Mais do que um cinema, o Olympia é, hoje, um patrimônio histórico e cultural do estado do Pará, da cidade de Belém. Sua história, de certa forma, está na história de tantos espectadores que nesta sala de exibição tiveram seus sonhos, suas surpresas, suas emoções e suas descobertas através de tantos filmes que ali foram exibidos.” ¹
Da mesma maneira, a Cinelândia, no centro do  Rio de Janeiro, assegura o cinema “como um fator importante nas relações entre pessoas e espaço urbano, em meio a formação sócio-espacial da cidade em sua Belle Époque”, como afirma  a estudante Talitha Ferraz ². “A sala de cinema se impôs na cidade como produto e realizador de um momento moderno, exercendo influências nos trajetos e na vida cotidiana das pessoas”. A Cinelândia transformou-se, então, no ponto de encontro de reivindicações políticas e sociais, concretizando-se, muitas vezes, como palco de passeatas e comícios e reunindo em seu domínio intelectuais e boêmios, estudantes e políticos, artistas e populares.
A cena cine-cultural de Belo Horizonte, que também faz referência a este papel transformador do cinema como espaço urbano, vem se modificando de tempos em tempos, trazendo uma série de novas reflexões a este respeito, um assunto para as próximas postagens.



¹ Através de depoimento dado ao Jornal Nacional e ao blog Espaço Municipal Cine Olympia. Disponível aqui e aqui

² Através do estudo “O papel do cinema na urbanização do Rio de Janeiro: salas de exibição, hiperestímulos e dinâmicas sociais da vida moderna”. Disponível aqui
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O grafite na Pompéia antiga [Lucas Afonso Sepulveda] #1

"Não foi difícil descifrar as inscrições, todas estavam em latim; foram encontradas mais de 1500 nos muros e paredes da cidade: propaganda eleitoral, inscrições deixadas por namorados, deveres escolares, anúncios de combates de gladiadores, etc."
(BELLECHASSE, Andre. Herculano e Pompéia)


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Facebook: Relação empresa e cliente [Bárbara Prado] #1


Redes sociais fazem parte do cotidiano de muitas pessoas de diferentes faixas etárias, fato que levou as empresas a buscarem espaço nesse meio. Nesta primeira postagem analisarei o perfil de duas marcas no facebook: Guaraná Antártica e Banco Bradesco.
Fan page - Guaraná Antártica
Fan page - Banco Bradesco

Regularidade e conteúdo das postagens
O Guaraná Antártica atualiza sua página de duas a cinco vezes ao dia, e se concentra em divulgar sua marca. Posta imagens, faz promoções e diversas enquetes a fim de fazer com que a marca não desapareça da visão dos usuários, principalmente daqueles que “curtem” a página. Ao passo que o Bradesco com uma ou duas postagens ao dia, usa uma estratégia diferente para alcançar o público. Faz propagandas de seus aplicativos no facebook, posta links de seus sites e oferece dicas sobre diferentes assuntos.

Interatividade com o público
Na maioria das publicações de Guaraná Antártica há milhares de “curtidas” e dezenas de comentários. Além das menções feitas sobre sua página nos perfis dos outros usuários, em que mostram que estão bebendo o refrigerante e mostram a satisfação com o produto. A empresa não costuma responder às postagens. Nas publicações do Bradesco o número de “curtidas” e comentários é menor, mas ainda assim é significativo. Com relação às postagens de outros usuários citando a marca, estas mostram a satisfação ou a insatisfação com o serviço prestado pelo banco. Os usuários fazem reclamações e elogios que, geralmente, são respondidos pela empresa no próprio campo de comentário.


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Woodstock: 3 dias de paz e música - O movimento Beat [Luiza Lambert] #1

Liberdade era a palavra de ordem. Foi para ela que toda uma geração rompeu paradigmas e foi ela que regeu os 3 dias do festival mais famoso do mundo. 


Esse post é feito a partir de uma análise do livro On The Road, de Jack Kerouac e do filme Easy Rider – Sem Destino. A ideia é abordar as origens do pensamento da geração que permitiu a realização do Woodstock.

O livro, que foi muitas vezes tido como uma “bíblia do movimento hippie” e como a obra mais icônica da geração beatnick, é de leitura fácil e cativante. Narra a jornada de jovens inquietos e insatisfeitos com a sociedade, cruzando os Estados Unidos em busca de aventuras, de liberdade.


Até o início dos anos 50, se encontrava vigente o chamado American Way of Life. Pessoas eram criadas para consumir, para ter. A geração beat era formada pelos filhos dessas pessoas, jovens que estavam cansados de seguir papeis predefinidos, entediados com a vida planejava que os pais levavam. Eles buscavam conquistas subjetivas. O SER entrava no lugar do TER. Como pôde ser observado no livro, eles não ligavam onde dormiam ou o que comiam, contanto que fossem livres. Espelhavam-se na Geração Perdida de 1920 – com diversas alusões à obra de Hemingway.
O filme, roteirizado por Peter Fonda e Dennis Hopper, é baseado no On The Road. Também capta com precisão a inquietude de uma geração, através de dois motoqueiros cruzando os Estados Unidos, sem preocupações ou expectativas. A diferença está no fato de que, por ter sido produzido em fins dos anos 60, o longa retrata o movimento hippie – baseado no beatnick. 
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Desvendando Logotipos [Victor Lambertucci] #1



    Em casa, nas ruas, nos centros de compras e em quase todos os lugares somos bombardeados com letras, formas, imagens e cores que compõem a identidade visual de uma loja, empresa, organização, etc. Mergulhar em detalhes nesse mundo criativo seria uma empreitada ambiciosa, mas a ideia é conhecer um pouco mais dos bastidores desse trabalho desafiante. A pergunta é: como definir o símbolo ideal, bem como o formato, a tipografia a ser utilizada, ou os traços que vão representar fielmente o objetivo de dado “projeto” (entenda por produto, empresa, marca, etc.), conferindo-lhe credibilidade e tornando-o atraente à clientela?

    Uma agência atuante no ramo entende que a representação gráfica é o principal patrimônio de uma corporação. Ao desenvolvê-la, a Oktala Comunicação e tecnologia de sistemas afirma realizar um profundo estudo do símbolo, das cores e da tipologia apropriadas para cada cliente. São exemplos de logotipos e símbolos consagrados e populares: o famoso “m” representativo da multinacional McDonalds; o do refrigerante de cola eternizado nas cores vermelho e branco; ou o globo que nos remete à maior rede de televisão do Brasil. Nesse primeiro post, para introduzir o assunto, vamos entender o que é marca, logotipo, símbolo, e a confusão existente entre esses conceitos.


Logotipo, símbolo e marca

    Para conceituar de forma objetiva o logotipo foi necessária a pesquisa em mais de uma fonte. Apesar de algumas diferenciações a definição endossada por ambos é a de “assinatura institucional”, ou seja, ele é uma representação tipográfica particular da empresa que constitui um padrão visual responsável pelo reconhecimento imediato da marca. Muitas vezes ele vem acompanhado de um símbolo e juntos constroem a identidade visual. O logotipo não é a marca, ele a compõe, é uma representação gráfica diretamente associada a ela. 


*Clique na imagem para ampliar

    A marca é um conceito mais amplo. Ela é basicamente tudo aquilo que representa uma entidade. Um exemplo é a cor vermelha. De cara você já deve ter se lembrado da Coca-Cola e do McDonalds, pode-se dizer que essa cor é uma das marcas de ambas multinacionais. Músicas, imagens, cenas, ou até uma palavra podem remeter a uma marca. Mais que isso, ela está ligada à relação com o cliente, à credibilidade, à sua linha editorial (em certos casos), à sua preocupação social, ambiental, enfim ao que poderíamos chamar de “personalidade” da empresa.




No próximo post: depois de conhecermos os conceitos, vamos 
desvendar passos importantes no desenvolvimento da identidade 
visual e ver o que está por trás de alguns exemplos famosos.


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Mazzaropi, voz e vez do caipira [Eduarda Rodrigues] #1



Um artista pode nascer em qualquer lugar. Pode ser brasileiro, descendente de italianos, simples de origem e falar do que conhece. Quando se é um artista dos bons, a arte é nobre mesmo quando é burlesca. Amácio Mazzaropi representa tudo isso, representa um Brasil caipira através da sua genialidade multimídia. Ele foi (e ainda é) um dos grandes nomes da cultura nacional. 


Descobriu aos 18 anos, em 1930, o teatro, na cidade de Taubaté, onde vivia com a família uma infância, e depois adolescência, de pouco dinheiro e muito trabalho. O livro Mazzaropi, O Jeca do Brasil, de Glauco Barsalini, mostra que a trajetória que culmina no cinema passa também pelo circo, rádio e TV, dando forma a uma biografia e um pedaço da história do país.
Como empreendedor que era, Mazzaropi funda duas importantes companhias: a Troupe Mazzaropi em 1930 e a Produções Amácio Mazzaropi (PAM) em 1958. Fundamentais em sua carreira e também na popularização de filmes e peças.
Sua filmografia é vasta, conta com 33 obras. Sendo no cinema, ao alcance do grande público, que o personagem mais famoso começa a mostrar sua cara. O caipira, o jeca, aquele que parte da fazenda para tentar a vida na cidade que cresce.
           Um arquétipo tão rico e bem construído do povo interiorano só poderia ser feito por quem tinha nas mãos um sonho e fez tudo o que foi possível para ser além de artista, grande comunicador.
         
           Para saber mais sobre a vida e obra do querido Jeca do Brasil, acesse: Museu Mazzaropi.

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Cidade de Deus [Celton Oliveira]#1

                               O cinema Brasileiro do século 21
                                                parte 1
                                    Cidade de Deus

 Ao longo de anos de histórias o cinema nacional vem dando grandes saltos  e apresentando  notável  crescimento, conquistando reconhecimento nacional e   internacional. O cinema produzido no Brasil  vem  ganhando cada vez mais  espaço,  apostando cada vez  mais em  roteiros que  retratam  a  realidade do  povo brasileiro,  uma aposta muito bem sucedida  nesse  século.


Uma dos maiores  sucessos desse século é  o  filme Cidade de  Deus dirigido  por Fernando Meirelles, o filme é sucesso  de  publico  e crítica , uma  obra  prima e um marco, na história  do  cinema  nacional, sua  estreia  inaugura uma  nova  faze do  cinema  nacional,  baseado no livro homônimo de Paulo Lins o  filme  se tornou um dos  filmes mais  importantes dos  últimos tempos.
Cidade de Deus foi  lançado em 2002 e foi o título nacional que levou mais público às salas de cinema desse ano, somando mais de 3,3 milhões de espectadores. No  exterior o filme alcançou reconhecimento  e  consagração ,conseguindo quatro indicações ao Oscar em 2004, por melhor direção, roteiro adaptado, fotografia e edição, ao todo Cidade de Deus recebeu 82 indicações  a prêmios e venceu 56 indicações.

Cidade de Deus e considerado á principal produção brasileira desde os anos 60, baseado em um livro que se inspira em personagens reais,  o  filme lança  inovações no  cenário nacional,  trabalhando  com  o  elenco  formado  em sua  maior parte por  “moradores” da favela  Cidade de Deus . O longa apresenta também movimentos  de  câmeras  inovadores  para  as produções nacionais , influenciando uma serie de outros filmes produzidos  no brasil  a  exemplo ,o aclamado  tropa  de  elite. O filme  Cidade  de  Deus  além de  tudo exerce o papel  de  transformador  social , trazendo  os   olhares  do  mundo  para o  cotidiano das  favelas  do  rio de  janeiro,  mudando a cara e a autoestima do cinema brasileiro, não apenas por sua vasta aceitação mundial mas principalmente porque mostrou à audiência nacional que um filme feito no Brasil, pode alcançar. 
 O filme mostra que a realidade social triste e violenta que nos cerca, também pode ser importante e empolgante na  grande  tela , "Cidade de Deus” é cinema da mais alta qualidade técnica , um filme que qualquer cineasta gostaria de  ter  no currículo.
O filme é uma produção da 02 Filmes e Video Filmes como  apoio  de  leis de  incentivo ao  audiovisual e  apoio da  globo  filmes  além de  outros distribuidores internacionais.
 Se você ainda  não  assistiu , não  perca  tempo vale  apena  conferir.  



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Uma viagem inesperada: a concepção de Harry Potter. [Adélia Oliveira] #1


 Quem vê todo o sucesso da saga Harry Potter, não imagina quantas portas se fecharam até que uma fosse, definitivamente, aberta e a história do bruxo mais conhecido do planeta, pudesse se propagar por centenas de países.Reza lenda que a autora J.K.Rowling enfrentou, nada mais, nada menos, do que 12 rejeições de editoras distintas, até que conseguisse ver o seu livro nas estantes das livrarias. A justificativa perante as recusas apresentavam um motivo comum: a saga era extensa demais para o público infantil. Mas, devido a insistência da filha do diretor executivo da Bloomsbury - uma pequena editora britânica-, o livro foi publicado em 1997. No decorrer dos anos seguintes, os livros da saga foram traduzidos para 64 línguas e foram vendidas cerca de 400 milhões de cópias ao redor do mundo.


   

  A história do bruxo Harry Potter foi concebida em 1990, quando J.K.Rowling estava em uma viagem de trem, indo de Manchester para Londres, e a ideia da saga simplesmente surgiu em sua cabeça: ” O engraçado é que Harry veio a minha mente quase inteiramente formado – eu o vi muito, muito claramente; eu podia ver esse pequeno garoto magricela de cabelos negros, essa estranha cicatriz na sua testa, eu soube instantaneamente que ele era um bruxo, mas ele não sabia disso ainda.”,afirmou a autora em uma entrevista ao The Connection,em 12 de outubro de 1999.

 A partir dessa viagem, a autora escreveu incessantemente, durante cinco anos, o primeiro livro da série, o qual teria o nome de “Harry Potter e a Pedra Filosofal” e seria sucedido por mais seis livros, que já tinham traços formados e interligados desde o princípio, como foram apresentados no decorrer da série.
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