Itamar Assumpção foi um
grande artista brasileiro. Cantor, compositor, instrumentista, arranjador e
produtor musical marcado por seu talento e excentricidade, produziu quase a
totalidade de seus discos de forma independente.
Entre os anos 1970-1980,
tornou-se referência da Vanguarda Paulistana junto com outros artistas importantes
como Arrigo Barnabé, Tetê Espíndola e Ná Ozzetti. Na Vanguarda, desafiou os
formatos tradicionais de canção, injetando atonalismo e experimentalismo na
música popular, chocando acadêmicos e boa parte do público que se espantava com suas
letras e performances no palco.
O artista gravou discos
considerados antológicos como "Beleléu", "Às Próprias Custas
S/A" e "Sampa Midnight". Ao longo de sua carreira estabeleceu
fecundas parcerias com Arrigo Barnabé, Naná Vasconcelos, Luiz Tatit, Jards
Macalé, Paulo Leminski, Alice Ruiz, dentre outros.
O termo independente sempre associado a Itamar Assumpção não se referia
somente ao fato de ele ter conduzido todo processo de gravação, distribuição e
divulgação de seus discos como também se referia a uma postura estética que não
seguia padrões do mercado fonográfico. Por sua atitude desafiadora,
intransigente e intempestiva e a sua não associação a nenhuma gravadora era
chamado por parte da imprensa como maldito e marginal. Recusava estes adjetivos
com frequência, sempre dizia em seus shows “não sou marginal, sou um artista
popular brasileiro”.
E foi, sem dúvida, dos
grandes. Deixou 12 discos gravados e uma história musical impressionante.
Foi postado dentro do prazo mas o marcador só foi inserido agora.
ResponderExcluir