quinta-feira, 31 de maio de 2012

Racionais MC's "Rompendo o Silêncio" [Ana Luisa Macedo] #3


A análise do programa com o grupo de rap Racionais MC’s trouxe bastantes surpresas, não só pela aparição do grupo em um programa de televisão, como também por algumas novidades apresentadas nessa edição.  Mano Brown inicia a entrevista dizendo seu nome e explicando a origem de seu apelido, em seguida, revela como começou a cantar e quais foram suas influências, que variavam entre samba e funk americano. Nesse momento percebi um elemento novo, enquanto Mano Brown canta o trecho da música “Todo Menino é Um Rei”, de Roberto Ribeiro, é mostrado para o telespectador um trecho do programa do qual o autor da música participou. Posteriormente, as imagens do grupo Fundo de Quintal também são apresentadas Tal estratégia facilita a identificação dos artistas pelo público, visto que o programa foi transmitido em 2003 e a música fez sucesso nos anos 70. Outro elemento externo utilizado como forma de situar o telespectador são as imagens do baile funk nas periferias, ilustrando assim, a fala de Brown. Um mapa de Capão Redondo, local onde o grupo surgiu, também é utilizado e em sequência imagens da região são apresentadas, como pode ser observado no vídeo logo abaixo.


Outro aspecto que me chamou a atenção foi o uso de planos mais abertos, o que foge da tendência do programa, que privilegia planos bem fechados. Talvez por se tratar de um grupo com muitos integrantes, essa tenha sido a forma encontrada para retratá-los sem que houvesse perda da subjetividade. É dessa forma também que o programa se encerra, como pode ser conferido no vídeo abaixo.





                                          
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Tarantinando [Iara Costa] #3



Hoje falaremos um pouco sobre o filme Cães de Aluguel (Reservoir Dogs). Uma das razões pelo filme ter ficado tão famoso é a incrível cena que demonstra a frieza de um personagem ao cortar a orelha de outro, tido como traidor. A cena, muito bem feita, com uma excelente trilha sonora e uma impecável atuação de Michael Madsen, marcou o filme como uma das melhores obras do Tarantino. A ultraviolência é marca do diretor, que não tem medo de exagerar no sangue, beirando o limite entre o cult e o trash. Esse exagero é muito visto em filmes dos anos 60/70, principalmente nos de ação e artes marciais. Esse último gênero é uma das grandes influencias do diretor, que deixa claro sua paixão pelos filmes orientais. O traje dos personagens de Cães é uma homenagem ao filme de John Woo (“A Better Tomorrow”). Outros filmes dele exploram essa estética; o mais famoso com certeza é kill Bill, que falaremos mais a fundo num próximo post. Em ‘Cães’, além dos filmes orientais, Tarantino faz referências à Nouvelle Vague, à cultura pop americana e inclusive linka personagens de outros filmes seus à história.


Quer ver só? Pois bem: o personagem Mr. Blonde é irmão do personagem Vincent Vega (John Travolta), de Pulp Fiction. Há uma cena em que o personagem cita o irmão, que só aparecerá nas telas do cinema em 1994, dois anos depois de ‘Cães’. Isso mostra como Tarantino cria essas ligações propositalmente, conectando seus filmes.
Já na primeira cena da película, os personagens discutem largamente sobre a canção Like a Virgin, da Madonna, questionando o real sentido da música. (aliás, um diálogo engraçadíssimo, reforçando a estética ‘tarantinesca’ de personagens verborrágicos).
Percebemos também que a história não é contada de forma linear, e é dividida em capítulos como em vários filmes do diretor.
Mais uma vez, terceiros se inspiraram no diretor, e foi criado um jogo para PC de Reservoir Dogs. O game, que não tem ligação com o Quentin, não foi muito bem recebido pela crítica, ironicamente pelo teor violento e cruel. 

Talvez a censura esqueceu que é exatamente isso que caracteriza o filme. 
Como não poderia deixar de ser, posto uma das melhores cenas do filme, que aviso, é spoiler e recomendo  só ser visto por quem já conhece o filme.




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Gata Preta Gato Branco, de Kusturica [Elisa Carvalho] #3


                                         

Depois de Emir Kusturica ter sofrido diversas críticas pelo seu filme Underground, relacionadas á sua suposta posição política com relação á “Guerra Iogusláva”  veiculada no filme, este declara o fim da sua carreira. Entretanto, o diretor não consegue se desvencilhar  da sua poderosa forma de expressão que está ligada a ele desde a época do colégio e dá a luz ao filme “Gata Preta, Gato Branco” em 1998.
Como era de se esperar, o filme se desvencilha da forte carga política que outros filmes possuíam, como “Underground” e “ Quando Papai saiu a viagem de negócios”  e é desenvolvido de uma forma mais leve chegando quase a ser uma comédia romântica Balcânica cigana. O cineasta mergulha na sua fascinação pelo universo cigano, e retrata de uma maneira caricatural os trâmites e a cerimônia matrimonial nessa comunidade. Um casamento arranjado como forma de pagar uma dívida, um mafioso sem caráter e uma cerimônia matrimonial muito caótica são os núcleos principais do filme.
Particularmente, esperava um filme muito mais voltado para o caótico e fantástico, que apesar de estarem presentes, como em todos os filmes do diretor, na minha opinião se desenvolvem de uma forma mais fluida e perdem um pouco da profundidade que tinham em outros filmes, até mesmo os menos políticos, como Vida Cigana. Uma cantora que tira pregos da cadeira com as nádegas; uma banda que toca, amarrada em uma árvore; porcos que comem casco de carros velhos; uma pessoa morta amarrada num sinaleiro de trem segurando uma sombrinha, são uma dessas passagens. Esses elementos surreais dialogam com o filme, estão incorporados, mas também não chamam a atenção como seu momento sublime.   
Um filme delicado em sua construção, muito carregado de comicidade, que também possui alguns momentos ásperos,mas por fim deixa desabrochar o lado positivo da vida, em que triunfam o amor e a união, com direito a “happy end” no final. Um Kusturica mais adocicado para aqueles que apreciam da sua arte. 



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quarta-feira, 30 de maio de 2012

O Bem Dotado [Augusto Gomes Drumond] #3


O filme assistido para essa quinzena foi o Bem Dotado, o Homem de Itu, um dos mais clássicos da Pornochanchada. O filme também dirigido por Anibal Massaini Neto conta a história de um caipira de Itu, interpretado por Nuno Leal Maia. Lírio, o tal caipira, fora criado pelo padre da pequena cidade, e casto que só, nunca tinha tido nenhuma experiência com nenhuma mulher.  Duas milionárias, ao verem o “dote” do rapaz, dão um jeito de levá-lo para São Paulo e ele acaba se tornando mordomo de uma delas.  Na cidade grande ele se torna cobiçado por todo tipo de mulher e acaba ficando com boa parte delas durante todo o filme também.

O filme em questão exemplifica bem o efeito psicológico que a pornochanchada causava em seu público como descrito por Marcel de Almeida Freitas no seu artigo ENTRE ESTEREÓTIPOS, TRANSGRESSÕES E LUGARES COMUNS: notas sobre a pornochanchada no cinema brasileiro. “O efeito psicológico da Pornochanchada era atingir diretamente as fantasias e despertar os mecanismos projetivos dos espectadores. As mulheres extremamente maquiadas e ‘liberadas’ mexiam diretamente com o sonho erótico do homem médio brasileiro. Havia também um segundo processo psíquico, ou seja, levava a uma identificação direta daquele indivíduo submisso, pobre e sem perspectivas com os galãs – grande parte canastrões e carregados no gestual – valentes, audazes e sexualmente predadores”.  Lírio, aquele caipira que é ingênuo e ao mesmo tempo predador, resume o que boa parte dos homens quer ter: todas as mulheres de uma cidade a sua mão.  
Já as mulheres do filme também podem ser contextualizadas com as personagens que Flavia Seligman descreve no seu artigo, “As meninas daquela hora”. Tanto a simples garota de Itu, quanto as milionárias de São Paulo se derretem por Lírio. Apesar de se derreterem de maneiras diferentes, cada uma segue bem o script destinado para cada estereótipo das personagens femininas da pornochanchada.

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A conquista do Guaraná Antarctica no Facebook [Bárbara Prado] #3



Guaraná Antarctica conectado
Como visto nos posts anteriores, o Guaraná Antarctica utiliza-se bastante das redes sociais (não apenas das estudadas nesse projeto, como Youtube, por exemplo) a fim de manter um contato muito próximo com os consumidores. Emprega, assim, várias estratégias como a criação de promoções e concursos por meio da internet. Não é à toa que é a marca brasileira em que a fanpage no Facebook é a mais curtida (nesse mês atingiu a marca de 5 milhões de fãs).

“Para Guaraná Antarctica, reunir cinco milhões de fãs em um ano de fan page é um marco. Isso mostra que estamos trilhando o caminho certo nas redes sociais, apostando numa relação de proximidade com os jovens e ao mesmo tempo contagiando os consumidores da marca com mais energia e diversão em seu dia a dia”, afirma Thiago Zanettini, diretor de marketing de Guaraná Antarctica.


Comemoração

Concurso cultural amigos do Guaraná Antarctica


O “Concurso cultural amigos do guaraná Antarctica” é uma promoção criada em comemoração à conquista de 5milhões de fãs em sua fanpage. Uma seleção será montada com os fãs do refrigerante a partir do envio de vídeos com jogadas provando que merece fazer parte da equipe. Esse time enfrentará a seleção de outro país. As inscrições foram encerradas no dia 27 de maio.


É possível observar que o guaraná Antarctica consegue ótimos resultados com esse investimento no público das redes sociais. Zanettini. ainda diz: Quando começamos a postar imagens de Guaraná Antarctica com comida, todas as fotos eram produzidas pela marca, com o objetivo de mostrar que a bebida combinava com uma diversidade de sabores, ao gosto do público brasileiro. Hoje, todos os posts são ilustrados com fotos tiradas pelos consumidores, e mostra o grande interesse do público participar ativamente. Essa tendência só se observa quando outra, de ligação direta entre a marca e o dia a dia do consumidor, se coloca presente. Quando há essa ligação, a gente vê o consumidor se engajar na conversa”.


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É sempre ganhador de algum prêmio - [Marcos Cerquira] #3


Imagine um comercial com música instrumental, dessas que a gente acha bonita e gosta de parar para ouvir. Agora acrescente um narrador com uma voz grossa, marcante, falando pausadamente das qualidades do produto. Pronto, você tem a receita da maioria dos comerciais da Hyundai.

Foi procurando vídeos no Youtube e vendo um ou outro comercial na TV que cheguei a conclusão acima. A maioria dos vídeos da empresa utilizam as mesmas técnicas de apreensão do telespectador.

A fim de pesquisa, e também por curiosidade, busquei os vídeos publicitários vinculados pela Hyundai em outros países e tive uma surpresa. Apesar de em alguns casos as imagens serem as mesmas, a narração é completamente diferente. Tanto no quesito voz quanto no quesito texto.

Os vídeos internacionais não ressaltam prêmios ganhos nem reafirmam características como tecnologia, design etc. Eles não são compostos por muitas narrações, ao contrario dos vinculados no Brasil. Aqui o discurso é sempre o mesmo esquema: “o melhor do mundo”, ganhador de premio X, você vai se surpreender e etc. Tal discurso rendeu até uma série de vídeos retóricos e que tiram sarro dessa característica por parte da Fiat, mas tais tópicos pretendo abordar adiante.

Abaixo dois vídeos do mesmo carro vinculados no Brasil e no exterior.


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Vanessa Bruno - Outono Inverno 2011/2012 [Fernanda Bontempo] #3



Angústia. Essa é a sensação que senti ao analisar as peças da campanha. A marca investe de novo numa linha de publicidade conceitual, com vídeos e anúncios artísticos. Senti diferença nos recursos cinematográficos, pois o vídeo conceito está mais elaborado no roteiro, na trilha e na fotografia. A modelo e atriz Kate Borsworth também é uma mudança, e traz um novo rosto para a marca francesa.

A produção e direção continua por parte de Stéphanie Di Giusto, que trabalha aqui um tema atual, os conflitos da mulher moderna com a falta de tempo, conflitos com ela mesma e seus relacionamentos. Os tons frios usados no vídeo contribuem para a sensação de angústia, e se associam diretamente ao clima das estações.

As peças são “silenciosas”. A ausência de palavras me parece ser uma característica das campanhas da marca. Aqui também há um destaque para elementos da natureza, como a água e o Sol, e excepcionalmente há a presença de cavalos, que nunca apareceram antes e surpreendem na narrativa.

Os ambientes são solitários, o que ressalta a personagem e seu conflito consigo mesma. Apenas ao fim da obra, há a figura de um homem que divide a cena, porém o foco se mantém inteiramente na protagonista. O estilo dramático é explorado no curta-metragem, o que pode ser visto pelo choro da “mocinha” e o beijo do final, que encerra a narrativa com um clássico e romântico happy end.
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terça-feira, 29 de maio de 2012

Neo-bauhaus: a identidade da 'abc' [Mateus Lustosa] #3


Mudança de cenário: impossível estar mais feliz com o material recebido do editor da revista “abcDesign”, Ericson Straub, por mim essa semana. Foi me enviado a história da publicação, diversos rascunhos de capa e corpo, ilustrações e fotos da produção da “abc” – material suficiente para mais três ou quatro postagens no blog. Para não retomar os assuntos já publicados e manter a inserção de inéditos aspectos a cada quinzena, os adicionarei, portanto, ao relatório final.


Nas últimas duas postagens, tenho argumentado sobre as especificidades da revista “abcDesign” a partir de uma abordagem mais aventureira e intuitiva, analisando o objeto de estudo sem a influência direta dos autores da revista. Nesta publicação, será feito de forma contrária: apresentarei o conteúdo sobre a tipografia da revista baseado nas respostas que obtive ao entrevistar o editor por e-mail.
Entre os pontos que geram a identidade visual da “abc”, talvez o principal seja a tipografia do logo – criada especificamente para esta publicação, pelo editor, e usada desde a primeira edição. A Neo-bauhaus foi desenvolvida inspirada no trabalho de Herbert Bayer e, como Straub mesmo diz, “é uma marca da revista”.

As duas ilustrações, acima e abaixo,  se referem ao tipo criado para a revista, o Neo-Bauhaus. A primeira imagem é de um estudo feito por Ericson e a segunda, o resultado final.



Partindo para o interior da revista, é notório o constante contraste de fontes, entre finas e grossas, que, de acordo com o editor, proporcionam dinamismo através dos seus pesos. “Quando você combina fontes diferentes acontece isso”, escreve Ericson.

Abaixo ilustração do interior da revista, da edição de nº35.

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segunda-feira, 28 de maio de 2012

Sexualidade e conflito nos muros da Pompéia antiga [Lucas Afonso Sepulveda] #3

"Imagens de órgãos genitais; relações vaginal e anal; cunilíngua; felação; masturbação; práticas individuais, em grupo ou envolvendo figuras místicas trazem o grande desafio de serem avaliadas por pesquisadores contemporâneos, que se encontram distantes, temporal e culturalmente, dos valores que foram originadas."
(FEITOSA, Lourdes M. G. Conde. Amor e sexualidade no popular pompeiano: uma análise de gênero em inscrições parietais. Campinas: Unicamp, 2002; Tese de Doutoramento)


Grafites de cunho sexual

*As fontes e exemplificações desta quinzena são alternativos à dita bibliografia principal, devido à greve da biblioteca da Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas da UFMG. A temática da postagem, no entanto, se mantém a mesma: sexualidade, erotismo e a publicidade relacionada aos prazeres do álcool e do sexo oferecidos na Pompeia antiga.

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Influências recebidas e deixadas por Itamar Assumpção [Gislene Portilho] #3




A genialidade de Itamar Assumpção não foi fruto somente de seu talento musical. Sua produção musical apresenta marcas das influências artísticas recebidas ao  longo de sua carreira. Influenciado por trabalhos de músicos de variados gêneros como Adoniran Barbosa, Cartola, Jimi Hendrix e Miles Davis, o artista misturava com maestria samba, elementos pop, Black music e musica africana. Sem falar da presença sempre constante de poetas em sua vida como Paulo Leminski e Alice Ruiz. Dessa rica mistura surgiramm letras críticas, irreverentes e a musicalidade característica de Itamar.

Outro brasileiro por quem Itamar tinha grande admiração era o sambista Ataúlfo Alves. Em 1995 gravou um CD só com músicas do sambista chamado Ataulfo Alves por Itamar Assumpção – para sempre agora.
Quanto às influências deixadas pode-se perceber que foram grandes a julgar pela quantidade de artistas que já gravaram composições de Itamar Assumpção. Citando só os mais conhecidos: Arrigo Barnabé, Cássia Eller, Chico César, Elba Ramalho, Luiza Possi, Ney Matogrosso, Ná Ozzetti, Rita Lee, Tetê Espíndola, Tom Zé, Zélia Duncan, Naná Vasconcelos, Ceumar e mais recentemente o rapper Criolo.

Zélia Duncan gravou diversas músicas de Itamar (Vou tirar você do dicionário, Código de Acesso e Capitu, por exemplo). Ele participou, inclusive,  do lançamento do disco dela Intimidade no Canecão em agosto de 1997.Ney Matogrosso não só gravou composições de Itamar Assumpção como Finalmente, Bomba H  e Transpiração,  como realizou no ano passado um show em homenagem ao músico junto com a Banda Isca de Polícia (que acompanhou Itamar por vários anos de sua carreira).


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Qual é a sua rima? [Izabella Loureça] #3


Antes de começar é necessário explicar que houve uma mudança no cronograma. Nessa terceira postagem a proposta era falar sobre a comunicação no Duelo de MC’s. Mas, por falta de imagens, resolvi trocar a terceira pela quinta, uma vez que eu já tinha um bom material recolhido para essa última. Então, com vocês: Duelo do Conhecimento. 
Na maioria das sextas-feiras, embaixo do viaduto Santa Tereza acontece o Duelo tradicional de MC’s. Mas, na última sexta do mês a noite é especial, o evento assume um caráter temático e é chamado de “Duelo do conhecimento”. Nesse evento, o MC deve vencer o outro não com provocações diretas, mas falando melhor sobre um determinado tema. Essa versão do Duelo é importante para quem observa como as informações chegam aos MC’s e como eles interpretam debates específicos que fazem parte do seu cotidiano.
No dia 13 de Abril aconteceu o Duelo do Conhecimento que se realizou após uma atividade do Juventude Okupa a Cidade. A atividade teve a seguinte chamada: “Qual é o seu grito?” e reuniu vários jovens para discutir temas como HIV, homofobia, ocupação do espaço público e segurança. Além disso, contou também com apresentações de alguns MC’s.
As batalhas desse dia se deu no calor das discussões feitas pelo Okupa. Os dois vídeos abaixo exemplificam e falam por si mesmos, mostrando duas batalhas em que os MC’s se expressam, através de suas rimas, a respeito de temas debatidos anteriormente.

Duelo de Mc's - Kdu dos Anjos vs Inti :: Duelo do Conhecimento 13/04/2012


Duelo de Mc's - FINAL - Kdu dos Anjos vs Din :: Duelo do Conhecimento 13/04/2012

Apesar desse dia ter sido o meu primeiro dia de filmagem, preferi coletar o vídeo da conta indieBH no youtube, pois as minhas imagens não ficaram boas. A foto está disponível no blog do Duelo de MC's: http://duelodemcs.blogspot.com.br/








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A Pedra Filosofal de Harry Potter [Adélia Oliveira] #3


   Uma cicatriz, um óculos e um menino magricela. Assim como ídolos são marcados e reconhecidos por suas peculiaridades, Harry Potter foi construído com traços únicos, os quais se tornaram referência e fizeram com que o “menino que sobreviveu” fosse conhecido ao redor do mundo.

   
    No entanto, é válido ressaltar que a magia não acompanha somente o bruxo, mas também os instrumentos que o auxiliam e a atmosfera que o cerca. A descrição minuciosa de salas, do modo de preparo das poções, dos ambientes e das situações que rodeavam o menino, foram pontos indispensáveis para tornar uma esfera tão mágica e abstrata, em algo concreto e cobiçado por seus fãs. Por esse motivo, acompanhando o desejo de milhares de leitores, foram criados sites, fóruns, livros, réplicas e até mesmo espaços físicos que buscam manter viva a história de Harry Potter. 
   O mercado de objetos relacionados à saga cresceu paralelamente ao sucesso e aos lançamentos dos livros da série. Existem réplicas de diversos objetos que foram utilizados por Harry, porém, entre os mais procurados se encontram as vestes de Hogwarts, as varinhas dos personagens e a famosa “cerveja amanteigada”, que tem sorvete de baunilha e manteiga na base de sua composição. 
   Porém, o que ainda mantem Harry Potter presente na mídia e na memória dos leitores, são os sites - tanto os "fan pages", quanto a página criada, recentemente, pela própria autora, J.K. Rowling - e os espaços físicos criados para simular o ambiente em que se passou a história de Harry.
 
  
   O Pottermore, é um site que foi lançado em julho de 2011, por Rowling, com o objetivo de facilitar a venda de e-books, a publicação audiobooks dos sete livros de Harry Potter e a interação entre os fãs da saga, que também têm contato com conteúdos adicionais e detalhes do processo criativo da obra. Já o The Wizarding World of Harry Potter, parque temático da série, construído em Orlando, recria os ambientes mais conhecidos da obra, como Hogsmeade e a Floresta Proibida, proporcionando aos visitantes a oportunidade única de ter a sensação de viver no mundo do bruxo. O efeito final de todas essas criações se torna algo positivo, pois passa a funcionar como um elixir de longa vida para a saga, como a pedra filosofal de Harry Potter.

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O rádio, os bordões e a torcida [Pedro Lucas Amim] #3

Na última postagem comentei sobre o uso do bordão no rádio e seu apelo popular, mas para contextualizar de maneira mais independente essa informação decidi entrevistar um pequeno grupo de pessoas. Para ser mais exato, realizei 10 entrevistas com pessoas entre 16 e 23 anos para verificar se o rádio esportivo ainda continua forte, e se o bordão ajuda a manter essa força. Quero deixar claro que optei por entrevistar pessoas nessa faixa etária, sendo que essa foi uma escolha pensada no intuito de tentar perceber se a tradição do rádio esportivo continua sendo passada de geração em geração mesmo com a forte concorrência imposta pela televisão e seu sem número de ângulos e imagens de uma partida.

Levando em conta a minha limitação para se fazer uma pesquisa mais ampla acabei fazendo o seguinte: 
- Entrevistei 2 americanos antes da partida América X CRB nos arredores do Estádio Independência no dia 26/05/2012
-Entrevistei 4 cruzeirenses via Facebook, pelo fato de não ter acontecido partida alguma do Cruzeiro em BH. Acredito que isso não tenha modificado a eficácia da pesquisa em um modo geral.
- Entrevistei 2 atleticanos antes da partida Atlético X Corinthians nos arredores do Estádio Independência no dia 27/05/2012 e outros 2 via Facebook.

Fiz essa divisão pois a Rádio Itatiaia transmite todas as partidas de América, Atlético e Cruzeiro e é sabido que as torcidas de Cruzeiro e Atlético são as maiores em Minas Gerais.

Pois bem, a pesquisa consistiu nas seguintes perguntas:
- Você acompanha transmissões esportivas no rádio?
- Qual é a sua emissora preferida?
- O que você pensa sobre os bordões no rádio esportivo?

Na primeira pergunta a resposta foi quase unânime, 8 dos 10 entrevistados responderam que acompanham transmissões esportivas no rádio. Dos 2 que disseram não acompanhar, um era americano e outro cruzeirense. Ambos responderam na segunda questão que não tinham preferência por nenhuma emissora.

Na segunda questão, 3 emissoras foram citadas. 1 cruzeirense disse preferir a Rádio Globo e outro entrevistado, também cruzeirense, disse acompanhar com frequência a Rádio Estadão/ESPN. Os outros 6 disseram preferir a Rádio Itatiaia. A curiosidade fica por conta do fato de todos os atleticanos na pesquisa preferirem a Itatiaia, sendo que apenas um cruzeirense disse escolher essa emissora.

Já no último questionamento proposto por mim, obviamente as respostas foram mais variadas por conter um caráter mais reflexivo e por ser uma opinião pessoal. Porém, ao adotar uma linha mais ampla em tornos das respostas pude perceber que a maioria dos entrevistados disseram que o bordão é importante para divertir a audiência e criar uma marca para o radialista. Dos 10 entrevistados 7 citaram um desses 2 fatores, dentre eles Luiz Fernando, 22 (atleticano): "Acho os bordões fundamentais para criarem marcas sonoras para o público e identidade ao radialista." ; e Gustavo de Paula, 20 (cruzeirense): "É um tipo de identidade do narrador, quando ele fala um bordão transmite alegria pra torcida".

Outro fator citado foi a busca pela audiência como nas falas de Vitor Barcelos,19 (cruzeirense): "Fazem parte de uma estratégia para atrair ouvintes"; e João Victor,16 (americano): "É o diferencial para se escutar o rádio.".

No entanto nem tudo são flores. Dois dos pesquisados disseram que o uso desses bordões são resquícios de uma falta de renovação nesse meio, como afirmou Pedro Barrote,19 (atleticano): "Acho ultrapassado assim como os dinossauros que são chamados de comentaristas. São sempre os mesmos, não renova.". A falta de imparcialidade também foi citada: Gabriel Teixeira,19 (atleticano):"Ao mesmo tempo que trazem emoção ao jogo, tiram a imparcialidade."  . Além disso o divertimento pra alguns não é significativo,como é o caso de Thales Batista,19 (atleticano): que diz que nem os bordões são capazes de animá-lo: "Estou descrente com o futebol", porém reconhece a importância desse artifício: "São importantes pois criam a identidade da emissora e de seus ouvintes.".

Peço desculpas se ultrapassei o limite de caracteres, porém essa foi a melhor forma que encontrei para comentar a pesquisa.

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As mostras e festivais de cinema em Belo Horizonte e sua importância social [Luísa Teixeira de Paula] #3

No último post acompanhamos as transformações sofridas pelos cinemas de Belo Horizonte ao longo do tempo, desde sua década de ouro nos anos 30, passando pelo declínio nos anos 80 e 90 e chegando, enfim, às iniciativas de reforma e revitalização que fazem parte do cotidiano da cidade. Mais do que isso, o cinema na capital mineira atualmente é marcado pelas mostras e festivais que acontecem o ano inteiro e têm público alvo variado, ainda que não sejam amplamente divulgados. Seu principal trunfo é reunir, num mesmo espaço, críticos de cinema, espectadores, atores, diretores e produtores, gerando assim, novas interpretações acerca de temáticas variadas retratadas nos filmes, que vão de assuntos corriqueiros à uma realidade distante e desconfortável.

O Cine Humberto Mauro é um dos principais responsáveis pelo fenômeno, apresentando ao público, por mês, três sessões fixas: História Permanente do Cinema, às quintas-feiras, Estéticas do Contemporâneo, uma vez por mês, e Curta Circuito, programa de exibição de vídeos e curtas, às segundas-feiras; além de mostras sazonais,como a INDIE - Mostra de Cinema Mundial. 

Ainda que algumas mostras já tenha sido realizadas, como a “Luís Buñuel, O Fantasma da Liberdade”, que aconteceu entre março e abril, os mais importantes festivais da cidade acontecem entre os meses de setembro e novembro, como o 14º Festival Internacional de Curtas de Belo Horizonte, o FORUMDOC.BH e a 6ª Mostra CineBh, que  já têm data marcada para sua edição 2012, e prometem dedicar-se à difusão e ao intercâmbio de produções audiovisuais nacionais e internacionais, estimular a reflexão sobre os curtas e longas exibidos e a formação de educação de novos públicos e profissionais para o cinema brasileiro. Além disso, o Cinema pela Verdade, presente em mais de 80 universidades de todo o país, se propõe a exibir filmes e organizar debates acerca da ditadura militar no Brasil, de hoje ao dia 14 de junho, na UNA, PUC (Barreiro e São Gabriel) e UFMG.


Durante esta quinzena, a exibição do  curta “Uma Estrela para Ioiô” e do longa “Meu Nome é Dindi”, ambos de Bruno Safadi, no dia 21, dentro do projeto Curta Circuito , contou com a presença do diretor em um debate com a plateia. Também no Humberto Mauro, a mostra “O crime tem seu encanto II”, trouxe clássicos de Stanley Kubrick, Martin Scorsese, Quentin Tarantino, dentre outros, entre os dias 21 e 25. Mas foi o lançamento do documentário Metrópoles, de Bellini de Andrade, no sábado 26, que mais trouxe bagagem a este projeto, ao propor uma reflexão acerca do resgate da memória, baseando-se na história dos cinemas de rua de Belo Horizonte e percorrendo os mesmos caminhos propostos no post anterior, com uma carga emocional infinitamente maior. Nunca vi tanta gente reunida no Cine Belas Artes, nem um diretor tão perto de sua platéia. Me emocionei.   


*Confira a programação de festivais e mostras de cinema de Belo Horizonte em 2012 aqui


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Sigam - me os bons! [ Larissa Campos ] # 3

O Twitter é uma das poucas ferramentas virtuais que caiu nas graças, não só das  "pessoas comuns", mas das  celebridades brasileiras também. É de se esperar, que devido a grande publicidade, os perfis dos artistas são os que possuem maior número de seguidores, como pode ser constatado nesta lista disponibilizada pelo site tweetrank.com.br, que atualiza diariamente o ranking dos mais seguidos.

Deste modo, pode se considerar que o número de seguidores age como um termômetro da popularidade e do poder de influência na disseminação de conteúdo.Para Raquel Recuero, a popularidade e a visbilidade são alguns dos  valores que contribuem na difusão de informação na rede.Ambos associam-se porém, o primeiro diz respeito a  forma de medir a audiência, já o segundo está relacionado com a percepção que os demais usuários tem de determinado perfil. Porém é necessário tomar cuidado, pois  o perfil  com mais audiência não é necessariamente o  que mais contribui na propagação de informações. Para tanto, é importante que o conteúdo exposto seja de interesse e possua relevância para os respectivos seguidores.
O destaque no processo de difusão são os perfis de blogs  uma vez que, eles conseguem produzir conteúdo de interesse para públicos diversos, trazer novidades, viralizar vídeos, imagens, expressões,conseguindo assim, atingir pessoas que vão além daquelas que os seguem.

Um exemplo, que ilustra o quão desejado é para grande parte das pessoas comuns um perfil com um elevado número de seguidores, é a campanha @bemfudidex do Programa Pânico que sorteará uma conta com um milhão de followers. Confira detalhes da "promoção" no vídeo abaixo:




 Um mês já se passou e o @bemfudidex está caminhando para o comprimento da meta e se encontra agora com 729.185 seguidores. Mas será  que o "sortudo" ganhador  de toda essa popularidade no microblog conseguirá manter toda essa audiência, postando conteúdo de interesse para seus seguidores,e contribuindo assim, na difusão da informação na rede?

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Do vinho para a água [Thaiz Maciel #3]


Desde o nascimento da indústria tabagista, a publicidade, de variadas formas, foi um elemento essencial para promover seu sucesso e sustentar o fumo. Porém, com as crescentes restrições impostas à divulgação do produto, a embalagem do cigarro, que antes era bem simples, tornou-se uma importante ferramenta estratégica de marketing e comunicação para a indústria, mas isso também não duraria muito tempo.
           


O Brasil foi o segundo país do mundo – perdendo apenas para o Canadá - a usar a própria embalagem do produto como veículo de contrapropaganda ao fumo. A ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) e o Ministério da Saúde determinaram que todos os produtos derivados do tabaco e comercializados em território nacional deveriam conter, na embalagem e na propaganda, advertência ao consumidor sobre os malefícios decorrentes do uso desses produtos.


A partir daí, diversas marcas de cigarro recorreram a estratégias para continuar prendendo a atenção do consumidor de forma positiva.  Carlton e Malboro, por exemplo, lançaram edições especiais de embalagens colecionáveis, a fim de encantar o fumante e induzir a compra. Passaram a ser produzidos, também, cigarros diferenciados em tamanhos, cores e sabores. Assim, temos de um lado o fabricante do produto que corteja, usando o apelo emocional, e do outro o Ministério da Saúde com sua campanha antifumo, apelando para o racional. Enquanto o emocional diz “fume para ser livre, para ser interessante, para ser aventureiro”, o racional diz “não fume, porque faz mal à saúde”.



E quanto aos resultados? Segundo uma pesquisa realizada em 2002 pelo Instituto Datafolha¹, que ouviu cerca de 2000 pessoas em 126 municípios brasileiros, 54% dos fumantes mudaram de idéia sobre as conseqüências do fumo para a saúde e 67% dizem ter sentido vontade de abandonar o vício devido às imagens. Porém, a briga entre o emocional e o racional, quando se trata do fumo, está longe de chegar ao fim.

1-  CARVALHO, Mario Cesar. Fumante usa artifício para esconder fotos. Folha de São Paulo, São Paulo, 21 abr. 2002. 

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Nova Iorque, um cenário turistico [Milton Guimarães #3]


   Grande parte dos filmes tem como cenário cidades famosas que conseguem captar a atenção do espectador. E nos filmes norte americanos isso não é diferente.È o caso da cidade de Nova Iorque que sempre é palco de incríveis histórias e roteiros que conseguem prender a atenção dos indivíduos que consomem filmes.
   Situada no nordeste dos EUA, a cidade de Nova Iorque chama a atenção por ser o coração econômico estadunidense e por ser conhecida como a capital da cultura mundial.
   Nova Iorque consegue ser uma cidade com enorme aglomerado cultural e chama a atenção de diferentes pessoas por seu aspecto consumista conferida como centro do capitalismo norte americano. Mas não podemos deixar de observar que o cinema contribui muito para esta imagem.
   São inúmeros os filmes onde Nova Iorque é palco de histórias que vão desde o romance até mesmo ao terror. E, em cada uma das narrativas, a cidade consegue tomar diferentes identidades, já que, sendo multicultural, possuindo um enorme fluxo de pessoas, e mantendo as quatro estações do ano bem definidas, a metrópole torna-se não apenas uma cidade do território dos EUA, mas um referencial de identidade dos norte americanos e um marco no avanço da política, da economia, da vida social e é claro do turismo.
   Porém é necessário observar que não são apenas estes aspectos que tornam a cidade de Nova Iorque conhecida em todo o mundo. Os pontos turísticos ali presentes também confortam os olhos de quem deseja visitar essa famosa cidade. E é isso que torna Nova Iorque um interessante ponto de referencia no mundo globalizado. Observando as formas como o cinema conseguiu captar a vida e a cultura da cidade, percebemos que, ao vermos fotos de Nova Iorque reconhecemos rapidamente que se trata do coração econômico dos EUA, pois estamos habituados com a sua imagem e isso nos faz querer conhecê-la através de um outro ângulo, o ângulo do real, da experiência, tornando-nos possíveis turistas rumo à experimentação de um “mundo distante” que consegue ser ao mesmo tempo um “mundo próximo” graças ao cinema.      
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Martin Scorsese e a violência: Touro Indomável e Os bons companheiros [Nina Rocha] #03


Touro Indomável


Touro Indomável (1980) é baseado na história real de Jake La Motta, pugilista norte-americano conhecido como “O Touro do Bronx” e sua ascensão e decadência tanto quanto individuo como lutador. O filme estrelado por Robert De Niro, 4o trabalho do ator com Martin Scorsese, opta pela fotografia em preto e branco em uma homenagem a era clássica de Hollywood, e também, de acordo com o diretor, para minimizar o impacto do vermelho no filme, devido a presença frequente de sangue nas cenas. A violência está presente no filme em todos os momentos: seja em Jake levando golpes e socos nos ringues ou em suas relações conturbadas, como a com sua esposa, com a qual vive uma relação doentia de obsessão e ciúmes, e com a o seu irmão Joey, um dos personagens mais afetados pela sua violência física e por sua ira. Como em outros filmes do diretor, o protagonista vive uma espécie de inferno mental, e apesar do filme chocar muito mais pelo seu realismo superexposto, ele se trata principalmente de uma perda de identidade, abordada mais uma vez no aspecto católico e religioso, ressaltando a figura de Jake como um pecador.


 Os bons companheiros

Lançado em 1990, Os bons companheiros conta a história de uma máfia diferente da “glamourizada”  por Francis Ford Coppola em Poderoso Chefão no inicio dos anos 70, uma máfia mais agressiva e pura, narrando o que acontece de errado no sonho americano de três jovens envolvidos com a máfia ao longo de trinta anos.  No submundo do crime organizado em Nova York, o longa traça um retrato fiel da organização mafiosa italiana e sua presença na vida das pessoas desde sua infância: Henry Hill, papel de Ray Liotta no filme, começa a sua carreira aos 11 anos e uma de suas falas mais marcantes diz que “até onde eu posso me lembrar, sempre quis ser um gangster”. Em meio a história conturbada da relação matrimonial de Henry e seu envolvimento com uma amante – a história pessoal de Henry tem foco principal no filme -, Scorsese explora o trafico e consumo de drogas, crimes que não deram certo, prostituição e as traições  entre os parceiros. O longa foi baseado no livro Wiseguy de Nicholas Pileggi e também aborda a perda de identidade de Henry, que sempre sonhou em ser um grande mafioso reconhecido pelas ruas de Nova York, mas acaba “apagado” pelo sistema de proteção a testemunhas do FBI após delatar o esquemas de crime organizado que estava envolvido e se torna um individuo qualquer e vivendo as margens da sociedade.


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