quarta-feira, 30 de maio de 2012

É sempre ganhador de algum prêmio - [Marcos Cerquira] #3


Imagine um comercial com música instrumental, dessas que a gente acha bonita e gosta de parar para ouvir. Agora acrescente um narrador com uma voz grossa, marcante, falando pausadamente das qualidades do produto. Pronto, você tem a receita da maioria dos comerciais da Hyundai.

Foi procurando vídeos no Youtube e vendo um ou outro comercial na TV que cheguei a conclusão acima. A maioria dos vídeos da empresa utilizam as mesmas técnicas de apreensão do telespectador.

A fim de pesquisa, e também por curiosidade, busquei os vídeos publicitários vinculados pela Hyundai em outros países e tive uma surpresa. Apesar de em alguns casos as imagens serem as mesmas, a narração é completamente diferente. Tanto no quesito voz quanto no quesito texto.

Os vídeos internacionais não ressaltam prêmios ganhos nem reafirmam características como tecnologia, design etc. Eles não são compostos por muitas narrações, ao contrario dos vinculados no Brasil. Aqui o discurso é sempre o mesmo esquema: “o melhor do mundo”, ganhador de premio X, você vai se surpreender e etc. Tal discurso rendeu até uma série de vídeos retóricos e que tiram sarro dessa característica por parte da Fiat, mas tais tópicos pretendo abordar adiante.

Abaixo dois vídeos do mesmo carro vinculados no Brasil e no exterior.


Um comentário:

  1. Olá, Marcos. Boa a descoberta que você fez na comparação dos comerciais brasileiros e internacionais. No entanto, acho que você tem condições de ir além na análise dos comerciais. Essa descrição que você faz desse comercial, por exemplo, ficou nos elementos mais elementares. Você sequer menciona elementos da fotografia, do cenário, dos efeitos especiais, até da música (não é uma música instrumental qualquer...). Além disso, para além da constatação de que no Brasil e no exterior são diferentes, seria interessante tentar pensar, afinal, por que é preciso convencer o brasileiro com argumentos? Por fim: achei a linguagem do seu post muito coloquial, acho que você pode escrever um texto mais formal. Abraço!

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