Angústia. Essa é a sensação que senti ao analisar as peças da campanha. A marca investe de novo numa linha de publicidade conceitual, com vídeos e anúncios artísticos. Senti diferença nos recursos cinematográficos, pois o vídeo conceito está mais elaborado no roteiro, na trilha e na fotografia. A modelo e atriz Kate Borsworth também é uma mudança, e traz um novo rosto para a marca francesa.
A produção e direção continua por parte de Stéphanie Di Giusto, que trabalha aqui um tema atual, os conflitos da mulher moderna com a falta de tempo, conflitos com ela mesma e seus relacionamentos. Os tons frios usados no vídeo contribuem para a sensação de angústia, e se associam diretamente ao clima das estações.
As peças são “silenciosas”. A ausência de palavras me parece ser uma característica das campanhas da marca. Aqui também há um destaque para elementos da natureza, como a água e o Sol, e excepcionalmente há a presença de cavalos, que nunca apareceram antes e surpreendem na narrativa.
Os ambientes são solitários, o que ressalta a personagem e seu conflito consigo mesma. Apenas ao fim da obra, há a figura de um homem que divide a cena, porém o foco se mantém inteiramente na protagonista. O estilo dramático é explorado no curta-metragem, o que pode ser visto pelo choro da “mocinha” e o beijo do final, que encerra a narrativa com um clássico e romântico happy end.
Pra variar sua análise está bastante pertinente. O sentimento de angústia é construído mesmo, principalmente do meio pra frente do vídeo.
ResponderExcluirSó não diria que não há palavras, pois a trilha sonora tem uma letra e isso não pode ser ignorado.