
Na terceira
e quarta temporada da série Mad Men esses valores culturais estão em forte
evidência. O consumo do cigarro não aparece mais ligado somente ao glamour e ao
sucesso, mas também à rebeldia e ao espírito de inconformismo da juventude,
quem não fumasse era considerado “careta”. É extremamente fácil identificar em
filmes dessa década, como “Bonequinha de Luxo” e “O Que Terá Acontecido a Baby
Jane”, que o tabagismo é um hábito recorrente e muito comum entre os jovens dessa
geração, sendo reforçado pela ascensão do estereótipo de galã à La Marlon
Brando e de musas como Brigitte Bardot e Audrey Hepburn.



Quanto à
publicidade, o caso mais interessante a ser destacado nessa década foi o da
marca Marlboro, que lançou mão da imagem de rústicos e bonitos cowboys para
associar a marca à idéia de liberdade e masculinidade. O slogan, que resiste até hoje, é “Come to where the flavor is. Come to
Marlboro Country”, em Português “Venha para onde está o sabor. Venha para o
mundo de Marlboro”. A estética das peças publicitárias é um fator crucial a ser
observado, pois chamar a atenção e seduzir o consumidor era uma necessidade
constante para a indústria do tabaco. Podemos notar esse caráter nas peças a seguir. A utilização de personagens famosos ou de destaque como os Beatles também era uma contribuía para promover a atmosfera "cool" dos cigarros e persuadir o público a consumi-los.

No fim da
década de 60, foi proibida a veiculação da propaganda de cigarros na televisão
nos EUA, devido a resultados de pesquisas cada vez mais recorrentes que
provavam a existência diversos malefícios a saúde ocasionados pelo fumo. No
Brasil, essa proibição só chegaria 30 anos mais tarde.
Excelente post, Thaiz. Não sabia que a proibição veio tão antes nos EUA, em relação ao Brasil. Curioso! Bom trabalho.
ResponderExcluirÓtimo trabalho, Thaiz!
ResponderExcluirAdorei!