Em abril de 1990, houve grandes mudanças na Central Globo de Jornalismo (CGJ), que passou a ser
dirigida por Alberico de Sousa Cruz. Nesse contexto, diversas transformações
ocorreram no Jornal Nacional. A principal novidade foi a adição de um quadro de
previsão do tempo, que no início, era apresentado pela jornalista Sandra Annenberg.
Com isso, em minha opinião, o JN ganhou uma extensão do cenário, já que o quadro
de previsão do tempo era fixo. A cenografia de tal quadro era composta pela a
inserção de mapas (imagens de satélites e ilustrações, aos quais eram adicionadas
informações relevantes, como a temperatura e massas de ar), ao fundo do
apresentador. Para realizar a transição entre os mapas utilizavam-se efeitos de
vídeo. Vale destacar que durante a gravação não havia variação de
enquadramentos e planos, ao contrário do observado no atual quadro de previsão do tempo do JN.
Em 1995, a cenografia do JN passou
por pequenas transformações, que foi a alteração da cor da bancada para um tom
cinza e modificações no logo do JN.
Em 1996, Evandro Carlos de Andrade passou a
ser diretor da CGJ. Nesse contexto, o Jornal Nacional sofreu grandes mudanças
em sua estrutura. Uma delas, foi o estabelecimento de jornalistas como
apresentadores, substituindo locutores de notícias, como Cid Moreira. A intenção
era atribuir maior credibilidade ao telejornal, indicando para as funções de
apresentação, profissionais envolvidos em sua produção. Com isso, os jornalistas
William Bonner e Lillian Witte Fibe tornaram-se apresentadores do JN.
Mantendo a
estética adotada por Hans Donner nos anos 80, em 1996, o cenário do Jornal Nacional passou
por mais transformações. A mais notável foi o novo desenho da bancada, que se
tornou mais linear, dando a impressão de um espaço individual para cada
apresentador. Outra mudança se deu nos logos do JN, ao fundo do cenário, que passaram
a ser sustentados por fios quase imperceptíveis, criando a ilusão de que eles estavam
flutuando. Antes, tais logos eram desenhados no cenário por meio da aerografia (técnica que utiliza uma pistola carregada com tinta, movida pelo ar gerado por um compressor). Além disso, ao grande logo acima dos apresentadores foram adicionados círculos luminosos. No geral, o cenário permaneceu composto por linhas sinuosas, estabelecendo
como cores predominantes, o vermelho e o azul.
Vale lembrar, que o cenário criado em 1996, foi o último a ser construído dentro de um estúdio. A partir do ano 2000, o Jornal Nacional passa a ser apresentado direto da redação.
Cenário do JN, 1995.
Cenário do JN, 1996.
Ei Marlon! Só eu acho que o cenário de 1995 era mais bonito que o de 1996?
ResponderExcluirhehe
Legal sua observação sobre o "ganho de extensão" do cenário. No seu cronograma você havia dito que destacaria o estilo inovador do cenário. Que aspectos você consideraria realmente inovadores? Não havia exemplares do tipo feitos à época?