Levando em conta a minha limitação para se fazer uma pesquisa mais ampla acabei fazendo o seguinte:
- Entrevistei 2 americanos antes da partida América X CRB nos arredores do Estádio Independência no dia 26/05/2012
-Entrevistei 4 cruzeirenses via Facebook, pelo fato de não ter acontecido partida alguma do Cruzeiro em BH. Acredito que isso não tenha modificado a eficácia da pesquisa em um modo geral.
- Entrevistei 2 atleticanos antes da partida Atlético X Corinthians nos arredores do Estádio Independência no dia 27/05/2012 e outros 2 via Facebook.
Fiz essa divisão pois a Rádio Itatiaia transmite todas as partidas de América, Atlético e Cruzeiro e é sabido que as torcidas de Cruzeiro e Atlético são as maiores em Minas Gerais.
Pois bem, a pesquisa consistiu nas seguintes perguntas:
- Você acompanha transmissões esportivas no rádio?
- Qual é a sua emissora preferida?
- O que você pensa sobre os bordões no rádio esportivo?
Na primeira pergunta a resposta foi quase unânime, 8 dos 10 entrevistados responderam que acompanham transmissões esportivas no rádio. Dos 2 que disseram não acompanhar, um era americano e outro cruzeirense. Ambos responderam na segunda questão que não tinham preferência por nenhuma emissora.
Na segunda questão, 3 emissoras foram citadas. 1 cruzeirense disse preferir a Rádio Globo e outro entrevistado, também cruzeirense, disse acompanhar com frequência a Rádio Estadão/ESPN. Os outros 6 disseram preferir a Rádio Itatiaia. A curiosidade fica por conta do fato de todos os atleticanos na pesquisa preferirem a Itatiaia, sendo que apenas um cruzeirense disse escolher essa emissora.
Já no último questionamento proposto por mim, obviamente as respostas foram mais variadas por conter um caráter mais reflexivo e por ser uma opinião pessoal. Porém, ao adotar uma linha mais ampla em tornos das respostas pude perceber que a maioria dos entrevistados disseram que o bordão é importante para divertir a audiência e criar uma marca para o radialista. Dos 10 entrevistados 7 citaram um desses 2 fatores, dentre eles Luiz Fernando, 22 (atleticano): "Acho os bordões fundamentais para criarem marcas sonoras para o público e identidade ao radialista." ; e Gustavo de Paula, 20 (cruzeirense): "É um tipo de identidade do narrador, quando ele fala um bordão transmite alegria pra torcida".
Outro fator citado foi a busca pela audiência como nas falas de Vitor Barcelos,19 (cruzeirense): "Fazem parte de uma estratégia para atrair ouvintes"; e João Victor,16 (americano): "É o diferencial para se escutar o rádio.".
No entanto nem tudo são flores. Dois dos pesquisados disseram que o uso desses bordões são resquícios de uma falta de renovação nesse meio, como afirmou Pedro Barrote,19 (atleticano): "Acho ultrapassado assim como os dinossauros que são chamados de comentaristas. São sempre os mesmos, não renova.". A falta de imparcialidade também foi citada: Gabriel Teixeira,19 (atleticano):"Ao mesmo tempo que trazem emoção ao jogo, tiram a imparcialidade." . Além disso o divertimento pra alguns não é significativo,como é o caso de Thales Batista,19 (atleticano): que diz que nem os bordões são capazes de animá-lo: "Estou descrente com o futebol", porém reconhece a importância desse artifício: "São importantes pois criam a identidade da emissora e de seus ouvintes.".
Peço desculpas se ultrapassei o limite de caracteres, porém essa foi a melhor forma que encontrei para comentar a pesquisa.
Ei Pedro, legal esses comentários mais negativos no sentido em que oferecem outra visão daquilo que esperávamos ou que estávamos acostumados a ouvir!
ResponderExcluirComo se deu a escolha dos entrevistados? Você não pensou em incluir nenhuma mulher?
Bárbara, na verdade escolhi quem torce para algum time de futebol, pois como disse no programa, quis analisar a relação entre o rádio e a torcida. Sobre mulheres na pesquisa, nas vezes que entrevistei pessoas nos arredores do estádio não foi fácil achar mulheres. Porém via Facebook, uma mulher (cruzeirense)foi consultada. No momento da montagem do post acabei por não preferir comentar isso até pelo limite de caracteres que já havia sido ultrapassado.
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