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Década de 50-60 |
A Capricho nasceu numa sociedade controversa: em 1952, ao mesmo tempo em que se dava lugar a várias novidades e começava a se configurar um pensamento mais livre, cheio de questionamentos relacionados ao papel da mulher na sociedade e a busca de mais inclusão, o cenário social também era permeado de estereótipos e conservadorismo que teimavam em querer ditar o comportamento da jovem mulher brasileira, principalmente através dos meios de comunicação.
Sendo produto da época, a Capricho também não escapa a esse padrão.
Mas a partir da década de 1970, já se pode ver diferenças significativas nas capas da Capricho, que, apesar de continuar tendo fotonovelas como um foco da revista, também passa a apresentar chamadas de assuntos como moda e sexo, direcionadas especificamente para o público adolescente. Essas mudanças condizem com o contexto da época, que era de exploração, de permissão e de descobrimento da liberdade e de suas consequências.
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Década de 70 |
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Década de 70 |
Mesmo já se vendo vestígios de maior abrengência e liberdade nas revistas de 1970, a partir da reformulação de 1982 é que se firma realmente a linha editorial da Capricho e ela se distancia da fotonovela (que deixa de publicar no final de 1982) e se estabelece como uma revista da jovem “antenada”: traz notícias de famosos, dicas de exercícios, matérias reflexivas que abordam problemas de auto estima, dicas para manter a forma e as tendências da moda; além dos ocasionais brindes a que as leitoras poderiam concorrer.
Esse foi apenas o começo do longo percurso que a Capricho percorreu das fotonovelas de 1952 às mãos das adolescentes do século XXI.
O relato está interessante, mas ainda falta explicitar suas fontes e como está sendo feito o acesso às revistas.
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