25/04/2012
Agamenon Mendes Pedreira, nomeado pela presidenta Dilma Roskoff de "Dedo Duro Oficial da CPI do Cachoeira", já começou a dar nome aos bois.
Comentário de um leitor sobre esse trecho da coluna:
Nome: José Maurício Christovão Pinto - 27/4/2012 - 14:21
É melhor que o Agamenon dê logo nome aos bois antes que a vaca vá pro brejo...
É melhor que o Agamenon dê logo nome aos bois antes que a vaca vá pro brejo...
Observações:
Nota-se que o leitor rebateu a ironia do texto de Agamenon, o que reforçou sua indignação perante a situação política brasileira. O autor da coluna afirma dedurar os envolvidos na CPI de Carlos Cachoeira, mas não faz isso diretamente. Por meio de apelidos ou paródias que se referem aos nomes de políticos e empresários relacionados ao caso, elabora-se uma crítica sarcástica, humorística, que mistura os limites entre o humor/ironia e a denúncia de fato. Em suma, não há engajamento explícito nos textos de Agamenon. Percebe-se que a intenção é brincar com o leitor; provocá-lo, ao mesmo tempo em que alfineta-se as autoridades. Porém, isso tudo acontece sem a intenção de haver ações que contribuam de fato para o andamento do caso de crime noticiado ( o que ocorre muitas vezes no jornalismo tradicional). Diante desse contexto, o leitor José Maurício critica a crítica de Agamenon, endossando-a e mostrando seu sentimento em relação à falta de esclarecimento sobre o caso investigado pela CPI.
22/04/2012
CPI! Sinceridade dá cadeia!
José Simão
"E não vá chegar na CPI bancando o gostoso. Dizendo que é amigo do Cachoeira e que já fez muitos negócios com ele. Sinceridade dá cadeia (...). E não vá pronunciar a palavra cagada na CPI, é feio. Tem que dizer evacuação caótica ou incontinência fecal. Rarará!(...)"
Observações:
No trecho da coluna de José Simão também observa-se a crítica implícita nas ironias. O sarcasmo é presente em todo o trecho, sem que haja espaço para combinar a linguagem jornalística tradicional com as paródias e outros jogos de palavras, como faz Agamenon. Em vez disso, Simão usa apenas dessas últimas estratégias humorísticas, o que resulta num texto mais pessoal, contendo críticas(mesmo que também sem engajamento claro) do próprio José Simão. Obtem-se, além disso, um diálogo mais intimista, que parece mais uma conversa de mesa de bar do que propriamente um texto jornalístico com conotação humorística. Até mesmo o vocabulário de Simão é mais coloquial. Não caberia, portanto, a crítica de um leitor reivindicando ações por parte do autor do caderno Ilustrada, já que ele não apresenta traços de representante de um órgão informativo - os quais Agamenon, pelo contrário, apresenta, como a diagramação e o formato jornalístico-, mas, sim, a exposição de pensamentos despretensiosos sobre a realidade brasileira.
Melissa, gostei muito das suas observações!
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