quinta-feira, 28 de junho de 2012

Daquele Instante em Diante [Gislene Portilho] #5






“Meu nome é Benedito João dos Santos Silva Beleléu, vulgo Nego Dito, Nego Dito Cascavé.” Era assim que se apresentava Itamar Assumpção da música Nego Dito.
Nego Dito foi apresentado a mim através do documentário Daquele Instante em Diante no ano de 2011 que foi exibido uma única vez em BH no Indie Festival.
O documentário "Daquele Instante em Diante" percorreu a trajetória musical de Itamar Assumpção, dos anos da vanguarda paulista, na década de 1980, até a sua morte, aos 53 anos. Nas quase duas horas de filme foram apresentados depoimentos de amigos, artistas, ex-companheiros de palco e familiares e ainda trouxe diversas e raras imagens de arquivos.
Foi pensando neste documentário que decidi o tema de pesquisa para este trabalho. Até aquele momento eu nada sabia sobre o músico e no desenvolvimento da disciplina Projetos A I fui buscar informações. Acabei descobrindo um artista independente, rebelde, criativo, performático, autor de letras contestadoras da ordem e arranjos atonais. Uma figura que se destacou no cenário cultural brasileiro dos anos 1970/1980 e que mesmo sem associação a nenhuma grande gravadora conseguiu produzir e distribuir 12 discos.
Voltando ao documentário, os relatos emocionaram, as imagens marcaram e as canções surpreenderam.  A história contada foi muito bem conduzida pelo diretor Rogério Velloso . Vários ‘Itamares’ apareceram no vídeo: o compositor, o poeta, o performer, o arranjador, o instrumentista, o amante das plantas, o  homem caseiro, o gênio.  As várias aparições de Itamar nos ensaios e shows deixaram evidentes que sua presença era muito mais intensa nestes eventos do que em gravações. Intenso! Este é O adjetivo para Itamar Assumpção . Sua obra é intensa e reflete a característica do próprio artista.
No Indie, no fim da sessão, não era raro presenciar várias pessoas com os olhos inchados e vermelhos  que se entreolhavam como que buscando a confirmação no outro de que o filme tinha feito uma justa homenagem  ao legado do músico apresentando-o aos novatos e renovando uma memória que não deve ser esquecida.
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Tropa de Elite 2 [Celton Oliveira]#5



O cinema Brasileiro do século 21
parte 5
Tropa de Elite 2


Arrancada  no  cinema  nacional,o  filme  “Tropa de  elite 2” é atualmente o  filme com melhor  alcance em bilheteria  da  história  do cinema  Brasileiro, o  longa  é  o recordista de  bilheteria do  cinema nacional , levando  cerca de 1,25 milhões de  espectadores  a marcar  presença  nas grandes  salas  de  exibição  em  todo  pais,  em  menos de uma  semana  após  a  sua estreia,superando  fenômenos de  bilheteria  como “Eclipse” da  saga “Crepúsculo”.

O filme dirigido por José Padilha  cineasta reconhecido pelo sucesso do premiado" Ônibus 174" , foi lançado em  outubro de 2010, com  produção  da Zazen  produções audiovisuais, é  uma  sequencia  do  longa lançado  em  2007 “Tropa de  elite” premiado com o Urso  de  ouro  no  festival de Berlim em 2008,”Tropa  de  elite 2” alcançou um total de  11.023.475 milhões  de  espectadores  durante seu  período de  exibição assumindo o  primeiro  lugar na  lista  dos  filmes  nacionais  mais  assistidos.
Esse filme herda  alguns pontos em  comum com um  outro sucesso  na  produção  cinematográfica brasileira, assim com no  longa  “Cidade de Deus” o  enredo  é  inspirado  em uma  obra  literária, “Tropa de  elite “ é uma  obra  de  ficção  inspirado  no  livro"Elite da tropa" do  antropólogo  Luiz Eduardo Soares e dos  oficiais  do  BOPE André Batista  e Rodrigo  Pimentel. Outras características  em  comum  se  dão ao  fato  de  se  tratar  de  um  tema  comum  no  cotidiano Brasileiro,e de contar  em  sua  equipe  com o montador  Daniel Rezende, indicado  ao  Oscar  por  “Cidade de  Deus” e seu  roteirista Bráulio Pimentel mesmo  roteirista  do filme  “Cidade de  Deus”.
 
Como todo grande  sucesso  com “Tropa de  Elite2” não  foi  diferente, a  crítica ao  filme foi  dividida, recebendo  críticas desde ao  fato  de se assemelhar  as produções  Hollywoodianas,até    polemicas   sobre  o  filme flertar  ou  não  com o fascismo,porém o  que  prevaleceu foi a  boa  aceitação  do filme   pela  opinião  pública, configurando seu  sucesso .
O filme “Tropa de  elite 2” recebeu   16  indicações ao  Grande Prêmio do Cinema Brasileiro de 2011,  e  venceu 9 categorias.

Se você ainda  não  assistiu , não  perca  tempo vale  apena  conferir. 


"Missão dada é missão cumprida"

Fontes:
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quarta-feira, 27 de junho de 2012

Desvendando logotipos - apresentando a marca (Victor Lambertucci) #5



   No plano de trabalho do projeto ‘Desvendando Logotipos’ propus apresentar um logo que representasse o tema que discutiríamos durante os posts. A peça é o resultado do que aprendi durante as pesquisas e bate-papos com colegas sobre o tema, levando em consideração os tópicos analisados, como as diferenças entre marca, símbolo e logotipo e características como o tipo de cor usado e a leveza que deve ser aplicada à imagem que representa uma empresa, por exemplo.

   Desde o início do projeto “Desvendando Logotipos”, todos as postagens foram acompanhadas por essa marca. Já que estamos lidando com o tema, a ideia foi criar uma representação gráfica para esse trabalho. Foram escolhidos os tons de vermelho por sua atratividade, já apresentada; e repare que a palavra “desvendando” é apresentada como uma espécie de degradê que passa o próprio sentido do verbo, de algo que vai sendo revelado. Caberia uma atualização, já que vimos que a palavra "logotipos", que compõe a nossa marca é apenas parte do que representa a identidade visual, mas há mais um importante item na gestão de marcas que me fez permanecer com o logo original, a força e a visibilidade da peça; colocadas em risco com reformulações repentinas. De qualquer forma para desvendar logotipos é necessário desvendar a identidade visual e vice-versa.

    Como comentário final, digo que o projeto foi uma oportunidade e um empurrãozinho para pesquisar sobre um tema que me interessa bastante. Pude conhecer curiosidades sobre logos e marcas com as quais estou sempre em contato e até admiro, mas mal conhecia o que estava por trás da criação delas. Finalizo com uma frase baseada no que aprendi: O jeito de sorrir, um corte de cabelo, o tom de voz, um estilo de roupa podem dizer muito sobre a personalidade de uma pessoa, a marca deve dizer tudo sobre a personalidade de uma empresa.




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A Ditadura Civil-Militar brasileira nas telas de cinema [Thaís Choucair] #5


            "Se eu aparecer morta, por acidente ou outro meio, terá sido obra dos assassinos do meu amado filho", é um trecho da carta deixada para Chico Buarque pela estilista Zuzu Angel, antes apática às questões políticas, mas que, ao ter seu filho torturado e assassinado pela ditadura, iniciou uma batalha para recuperar o corpo e a verdade. Zuzu Angel (2006), de Sérgio Rezende, conta essa história - e com muito mérito. A própria busca que é abordada durante todo o filme pode ser relacionada à busca que se realiza até hoje: onde estão os corpos? Qual a verdade? Diversas famílias ainda sofrem com essas questões, e o filme, mesmo tratando de um caso específico, quer dizer de muitos outros, e essa identificação é possível muito em parte à narração do filme, que é feita pela personagem Zuzu. Isso busca produzir, também, uma maior comoção, o que se anexa à trilha sonora nesse sentido. Mas, mais do que dramático, o filme é crítico sem ser óbvio: apresenta essa possibilidade crítica não apenas pelo diálogo puro, simples e claro, mas através de elementos simbólicos, como as cores e as expressões faciais.
            Apesar de, e me desculpem aqui o spoiler, Zuzu acabar, também, morta pelo Regime, o caráter do filme é abordar algo menos duro e mais emocional, voltado paras as relações pessoais e o impacto da ditadura nessas relações. Nesse sentido, “Zuzu Angel” se aproxima do filme “O ano em que meus pais saíram de férias” (também de 2006), de Cao Hamburger. Mas diferentemente de Zuzu Angel, esse segundo filme não trata de grandes nomes, grandes heróis: trata do cotidiano, trata da insegurança causada pela ditadura nas pessoas, e isso é expresso no filme de forma muito sutil e genial, em pequenas metáforas que, num primeiro momento, parecem casuais, mas causam e dizem muito desse clima tenso que invadia as ruas. Mais do que mortos e torturados, a ditadura alterou a política, a cultura e a sociedade. “O ano em que meus pais saíram de férias” foi a melhor escolha para finalizar o projeto: hoje (e este filme é recente) já começamos a perceber esse período muito além do realismo dos filmes aqui estudados da década de 80 e 90. 
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Kusturica Transversal 02 #5 [Elisa Carvalho]


               Seguindo o rumo da última postagem, nessa vou abordar novamente temáticas que perpassam os filmes do diretor Emir Kusturica, como algumas metáforas recorrentes, e a religiosidade.
                Em uma entrevista feita em 2004 Kusturica diz:  ”I search God. One God. It's difficult. I try to go toward a philosophical way of thinking, I try not to divide things, not to separate, like the Church does, profane from the sacred”. É curioso notar essa convivência efetiva entre profano e sagrado em seus filmes. Na primeira postagem eu falei um pouco dessa relação no mundo cigano, em que mostra pessoas que possuem grande fé religiosa, mas se sentem desamparados, jogados a própria sorte, e cometem atos desonestos, que acabam sendo uma característica cultural.
A imagem da cruz de Jesus invertida é utilizada em alguns filmes, em momentos de desespero perante a dura realidade do mundo. “Deus, o que tem feito? Você retornou pelo buraco do mundo, Merdzan vai reerguê-lo novamente, mas deve me ajudar, se não puder você mesmo deverá se levantar” (Vida Cigana). Existe uma crença nessa imagem, uma devoção, o personagem beija a cruz e a levanta, mas na ultima cena do filme ela cai novamente sozinha. Os personagens nos filmes, na minha opinião, sempre apresentam essa dubiedade, nenhum deles são construídos de forma maquineísta, apresentam suas elevações como também seus tropeços, não existe um julgamento pontual dos atos, são dúbios em sua construção e humanizados. Em Underground isso também fica muito claro, quando o personagem Petar manda matar acidentalmente em meio a guerra, o amigo Marko e a mulher que amou, Natalija. A cena é muito forte, está presente no centro, a cruz invertida, a qual é circundada pela cadeira de rodas do amigo, em chamas.
Um outro elemento que se repete é um véu de noiva que sempre está planando pelos ares, que notei nos filmes Vida Cigana, Gata preta Gato branco. Em cada uma das narrativas o véu assume diferentes significados. Em Vida Cigana, a irmã de Pehan(personagem principal) vê o véu na estrada, dentro do carro, quando está em direção a uma perigosa cirurgia, e ela descreve ele como sua mãe. Seria como um espectro a protegê-los e guiá-los, um significado mais espiritual. Já no outro filme o véu voando pelos campos seria mais como uma alusão á noiva que havia fugido do casamento forçado. Existe uma forma parecida com que o objeto é filmado, sempre flutuando no vento, como que se perdendo no espaço. 




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Thiago Reis, o repórter "Seu nome, Seu bairro" [Pedro Lucas Amim] #5

Para finalizar as postagens do blog uma entrevista com quem conhece de bordões no rádio esportivo. 


Thiago Reis, 28 anos e quase 10 de Itatiaia, é repórter e apresentador na rádio. Antes disso passou por diversos cargos na emissora, até mesmo como rádio-escuta. Ficou muito conhecido em Minas após o seu bordão "Seu nome, Seu bairro" fazer um enorme sucesso. Tal êxito além de lhe render fama nas terras mineiras fez com que Thiago fosse parar na TV Alterosa como repórter esportivo e jornalístico além de estrelar propagandas na TV e no rádio.


Tem como diferencial o trabalho com os torcedores mineiros, dando a palavra para americanos, cruzeirenses e atleticanos expressarem o que pensam sobre seu times antes e depois das partidas. 
Thiago entrevistando torcedores atleticanos

Thiago em ação com torcedores cruzeirenses
Com esse currículo ninguém melhor do que ele para dar sua opinião acerca do papel do bordão e de alguns outros assuntos que se referem a transmissão esportiva. A entrevista foi feita hoje (27/06/2012) e será disponibilizada aqui no blog por meio de um arquivo de áudio. As minhas perguntas são respondidas por Thiago a partir da seguinte ordem:


1- Qual foi sua inspiração para criar um bordão tão marcante como o "Seu Nome, Seu Bairro"? Qual o principal fator, na sua opinião, que fez esse bordão alcançar tamanho sucesso?

2- Qual a importância que você atribui ao bordão no rádio esportivo e porque ele é usado com tanta frequência nesse meio?

3- Foi no rádio que muitos apelidos de jogadores apareceram. Você acha que a maior irreverência, que é característica do rádio esportivo, cria uma relação mais forte entre jogadores e radialistas do que por exemplo os profissionais da televisão?
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terça-feira, 26 de junho de 2012

Banco Bradesco - perfis) [Bárbara Prado] #5


Como vimos em postagens anteriores, a página do Banco Bradesco (@Bradesco) no twitter não é muito incrementada, nem há muita interação com o público através dela. O Bradesco, porém, possui várias contas diferentes no twitter, cada uma com uma finalidade diferente. Descobri isso já no meio do processo, assim, entrei em contato com o Bradesco por meio do facebook solicitando que me enviasse uma lista de todos os seus perfis oficiais, e suas respectivas intenções. Pedi também que dissessem se os clientes sabiam da existência de todos esses perfis e se sabiam usá-los para suas finalidades. A resposta veio um pouco tardia, e eles apenas me enviaram a lista de todos os seus perfis, tanto a relação das contas no twitter quanto a do facebook.

Bom, evidente que não citarei todas aqui, mas a imagem faz um resumo das contas do twitter, que é o foco da postagem.

Alguns perfis oficiais do Bradesco no Twitter

Analisando, particularmente, achei o grande número de contas um exagero, já que nem todas são sequer atualizadas com certa regularidade. A mais utilizada é o perfil @AloBradesco, em que definiram como perfil de interação, é o perfil que funciona como SAC.

O perfil institucional (@Bradesco) poderia ser melhor aproveitado. Algumas informações que são publicadas em outras contas poderiam ser tuítadas nesse perfil, mesmo que essas outras contas não sejam excluídas.

Ao total são 12 contas diferentes no Facebook e 16, no twitter.

Por fim, questionei a partir de quando o Bradesco percebeu que seria necessário/vantajoso investir em redes sociais? A resposta foi: “já monitoramos redes sociais há mais de cinco anos e decidimos interagir de fato desde 2009”.

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segunda-feira, 25 de junho de 2012

Tarantinando [Iara Costa] #5


Quem assiste a um ou outro filme de Tarantino consegue perceber o amor que o diretor tem pela cultura japonesa, principalmente espadas. Em vários títulos, a arma escolhida pelo personagem para lutar é uma tradicional espada nipônica. Porém, no filme Kill Bill, Quentin escancara esse amor e praticamente faz uma homenagem ao universo oriental: lutas intensas, diálogos em japonês, cenas em anime, e personagens quase caricaturais, como Pai-Mei, livremente inspirado em ‘Bak Mei’, um ser folclórico chinês, cujo nome em tradução literal significa “sobrancelhas brancas” e que também já apareceu outras adaptações cinematográficas chinesas, principalmente na década de 70 e 80.
A trilha sonora conta com uma canção de uma banda japonesa, chamada “The 5 6 7 8”, que participa do filme, como você pode conferir no vídeo a seguir:
Além da banda, temos a participação do grupo de artes marciais “The Crazy 88”, contracenando com uma assassina vestida como uma tradicional colegial japonesa, referência clara à cultura oriental, em que ela mescla uma personalidade meiga e indefesa à de uma assassina fria. Percebemos também trajes tradicionais do Japão, e a linguagem falada no filme é o japonês. Esse é um ponto interessante, já que a maioria dos filmes americanos não integra a língua original ao roteiro, e ao invés disso, utiliza um sotaque carregado para caracterizar estrangeiros.
Nessa cena temos uma estética que se mantém por todo o filme: o exagero nas cenas de violência. A forma com que as lutas são construídas nos remete aos filmes chineses, em que lutadores ultrapassam o limite humano. O sangue esguicha e presenciamos mortes inusitadas, como um machado que voa na cabeça de alguém. É um clichê de filmes orientais que funciona perfeitamente na proposta do filme. Outro clichê presente é o momento ‘discípulo VS. mestre’, mostrando a difícil trajetória do heroi até a superação dos seus limites.
E por fim, não podemos nos esquecer do capítulo de Kill Bill totalmente em anime (estilo de desenho japonês), criado especialmente para o filme para contar a história da personagem de Lucy Liu.
Como você pode ver, não são poucas as referências asiáticas nos filmes do Tarantino, em especial em Kill Bill. Espero que o pouco que mostrei tenha dado um vislumbre do trabalho dele, e do esforço do diretor em retratar vários aspectos de uma cultura, incorporando também elementos externos, criando uma estética única.
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domingo, 24 de junho de 2012

Duelo de MCs, um termômetro da diversidade [Rodrigo Andrade] #5



Ao visitar o Duelo, realizar as leituras e assistir os vídeos indicados em meu último post, percebi um viés que não conhecia do Duelo de MCs: um indicativo da heterogeneidade da massa urbana de Belo Horizonte. Nos seus quase completos 5 anos de existência, o Duelo firmou-se como o maior centro da cultura de resistência suburbana, e sua singularidade no cenário cultural da cidade, por sua força, democracia e multiplicidade, faz com se encontrem ali pessoas dos mais diversos bairros, das mais variadas culturas e classes. Assim como o tribalismo surgiu decorrente de uma crise de identidade nas grandes metrópoles dos anos 60 e 70, o Duelo de MCs fortaleceu-se por suprir uma determinada busca por particularidades que surge em todas as regiões do planeta, um sentimento de pertencimento, a um lugar, a um grupo. (HALL, 2004, p.7)
Essa aura que formou-se ao redor do movimento fez dele tão popular quanto possível: é feito do povo e para o povo. E assim ele têm se mantido desde agosto de 2007, lutando contra a transformação em produto de massa, o que ocorreu com as culturas de rua em geral, principalmente com o hip hop (algo que é bem visível nos EUA, país de origem do movimento). A autora Rose Mara diz que o hip hop desmembrou-se em mais de 25 gêneros e destes destaca o gangsta rap, que vende milhões de discos por ano: "As letras, em sua maioria, fazem apologia ao sexo, drogas e violência, diferentemente daqui do Brasil, onde a ideologia política e o anonimato dos artistas são características marcantes do hip hop tupiniquim (...) Os temas centrais do hip hopeiros brasileiros são inspirados no cotidiano vivido: a falta de escola, emprego, saúde e lazer." 
Fico satisfeito por ter conseguido reformular minha proposta e por ter escolhido este como um novo objeto de estudo. O Duelo se mostrou a mim ainda mais rico e interessante quando imaginei. Consegui adentrar nesse universo da cultura hip hop e conhecê-la por dentro e a fundo. Infelizmente, não consegui cumprir toda a minha proposta pois não consegui ter acesso ao documentário "Mestres do Viaduto", o que espero conseguir até a minha apresentação final do projeto, afinal o julgo de grande importância pra sua conclusão e para o meu enriquecimento quanto ao Duelo de MCs.




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Para o Fim... Dois “Docs” e Alguma Alegria! [Cristiane Duarte] #5


É Gente, Hoje é Para o Fim!

Para o Fim do “Melhor de 3 Curtas e Documentários de Jorge Furtado”, dois documentários: “Essa não é a Sua Vida” e “A Matadeira!”.

No primeiro, conta-se uma história de uma “pessoa comum”. Mas na verdade, o que é o comum? Comum em relação a que? Como pode haver o comum se cada pessoa tem uma vida tão distinta? É. Palavra por demais difícil de empregar , então. Mas, nesse caso Leitor, pense você, sinta você como é ser “comum” e incomum, ora pois, talvez, o comum seja ser o “humano” e, o incomum, não ser a Noeli, porque , Afinal, Essa Não é  Sua Vida!


Esta Não é a Sua Vida Parte 1


Parte 2


 

E parte do fim, é a Matadeira, documentário que encerra essa proposta e esse tema, por agora. A Matadeira, embora com esse nome “ela” que será responsável por um pouco de Alegria, nesse post! De maneira descontraída, fala-se um pouco sobre o que foi a Guerra de Canudos, e o “uso”da Matadeira, um canhão que foi “transportado por vinte juntas de boi através do sertão para disparar um único tiro! Como foi isso? Assistam!


A Matadeira!!!



Bem Gente!!! o Fim do Fim é o Obrigada aos que acompanharam e, quem sabe, até MAIS VER!!! =)!



Maiores informações do Doc. "Essa não é a sua Vida":
 Aqui o filme possui Qualidade Superior: http://www.portacurtas.org.br/filme/?name=esta_nao_e_a_sua_vida

Outras informações sobre "A Matadeira":
Informações sobre o que foi a Guerra de Canudos: http://pt.wikipedia.org/wiki/Guerra_de_Canudos


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As Musas Almodovianas [Thaiane Bueno] #5


Como já foi apresentado na minha primeira postagem, as mulheres sempre têm um lugar de destaque no cinema de Almodóvar. Então, decidi retomar esse tema, de forma mais abrangente, uma vez que, agora, já assisti a todos os filmes do diretor. Nas películas, observamos sempre mulheres de personalidade forte e que vivem intensamente suas experiências.

Para dar vida a personagens sempre tão peculiares, Almodóvar precisava de atrizes que fossem capazes de transmitir de forma convincente sua força e seus dilemas. Foi assim que suas “musas” começaram a ganhar destaque, e até mesmo, a terem sua figura associada à do diretor.

A primeira delas foi Carmen Maura, que atuou em sete dos 18 filmes de Almodóvar. Foi ela quem conseguiu financiamento para que o primeiro longa - Pepi, Luci, Bom e outras garotas de montão - fosse rodado. Antes disso, Carmen e Pedro já se conheciam bem, e ele tinha o costume de observá-la se preparando, sendo que, até os dias atuais, observar as atrizes no camarim é uma cerimônia que o fascina. Depois de passar por problemas pessoais, os dois ficaram 18 anos sem trabalhar juntos, até que retomaram a parceria em 2006, com Volver (filme visto por mim nessa quinzena). Entretanto, no último dia 14, Carmen deu uma entrevista ao jornal El País afirmando que não crê que vá trabalhar novamente com ele. Segundo a atriz, as filmagens do diretor são tensas.



Atualmente, a atriz que é mais associada a Almodóvar é Penélope Cruz. Ela atuou em quatro filmes, fazendo sua primeira aparição em Carne Trêmula, com um papel de pouco destaque. Já em Volver, Penélope interpreta, de maneira fascinante, Raimunda, que representa a síntese das mulheres “almodovianas”.  A personagem defende sua filha com todas as forças, mas ao mesmo tempo, é repleta de mágoas e traumas passados. Em Abraços Partidos – outro filme visto por mim nessa semana – Penélope representa a mulher que está no centro da trama. Porém, nesse caso, apesar de ser intensa, ela é uma mulher mais frágil e submissa, tendo grandes dificuldades para se libertar de empecilhos e alcançar seus verdadeiros desejos.

Em A Pele que Habito, o ultimo dos 18 filmes que eu assisti no decorrer do projeto, também há (supostamente) uma mulher no centro da trama. Ela é representada por Elena Anaya, que atuou nesse filme e em Fale com Ela. Acredito que esse caso se aproxime mais da teoria queer que da questão da feminilidade.

Além das atrizes citadas, há outras que atuaram em muitos filmes do cineasta, tais como Chus Lampreave (atuou em oito filmes), Marisa Paredes (atuou em seis filmes), Rossy de Palma (atuou em cinco filmes), e Victoria Abril (atuou em três filmes).

Almodóvar, Carmen Maura e Penélope Cruz nos bastidores de Volver

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Melhores momentos: Mário Filho x Futebol [Barbra Mendes] #5


Leve mudança no cronograma: além de fazer um balanço da pesquisa, comento sobre outros pontos na obra de Mário Filho.

Esse último post será um balanço do tema estudo e também falarei um pouco de outros temas envoltos de Mário Filho, que foram deixados de lado a princípio no projeto, apenas pelo fato de não encaixar no plano proposto. Dentre os temas levantados na pesquisa sobre a vida e ‘obra’ do jornalista Mario Filho, creio que ficaram bem sedimentados nos posts anteriores, como a questão da modificação no jornalismo esportivo no Brasil e a popularização do futebol, tendo como principal marco a efetividade do apoio na construção do estádio do Maracanã.
Trago para o fim dois aspectos relevantes e anteriormente não abordados, que são as críticas que Mário Filho recebia e sobre o livro “O Negro no Futebol Brasileiro”, sua obra mais famosa onde aborda o futebol sob o aspecto antropológico.
Sobre as críticas que foram feitas ao jornalista, o embate mais conhecido seja talvez a construção do Maracanã, novamente. Nessa época, os embates do jornalista com o então vereador, Carlos Lacerda foram calorosas sobre o tema da construção do estádio. Na seção ‘Veja na História’, no site da Revista Veja, há uma publicação de 1948 sobre os preparativos da Copa de 1950 no Brasil em que é citado o confronto dos dois (Para ver clique aqui).
 Quanto ao livro “O Negro no Futebol Brasileiro” escrito pelo jornalista, cito pois é um livro importante para o cenário da literatura que envolve o futebol. Como já disse antes, o livro tem um viés antropológico e, generalizando, fala sobre a história negro no futebol brasileiro e como isso fez tornar o futebol no Brasil do jeito que ele é. Muito se fala na proximidade desse livro com o Casa-grande e senzala, de Gilberto Freyre, devido ao tema e as buscas por explicações históricas das diferenças na sociedade, além ênfase na herança africana na cultura brasileira. Todo cuidado é necessário para se fazer um tipo de análise como essa, mas achei válido citar devido a recorrência.
Como balanço da pesquisa, creio que aumentei mais meu conhecido sobre o assunto, não só em volume mas também em qualidade sobre jornalismo esportivo, e espero que outros também tenham decoberto algo de interessante.
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sábado, 23 de junho de 2012

Abc: seduzindo não só aos olhos, mas também ao tato [Mateus Lustosa] #5



Nas últimas postagens, abordei diferentes aspectos visuais da revista “abcDesign”, selecionados por mim, por serem identificados como relevantes na hora de conquistar novos leitores. Primeiramente a capa (o primeiro contato), em segundo lugar a diagramação geral da revista, em terceiro a tipografia utilizada e, por último, as ilustrações e cores apresentadas. Se em todos os aspectos anteriores é a visão o sentido mais, e talvez unicamente, estimulado, nesta postagem, dedicarei meus comentários aquilo que somente o tato percebe de antemão.

O primeiro toque na revista revela de imediato a qualidade de impressão da publicação. O investimento dado a esse quesito é notável quando identificados o papel e suas altas gramaturas, além da alta resolução das imagens. A capa, na grande maioria das edições, apresenta diferentes acabamentos, como as variadas formas de aplicação de vernizes, dando texturas diferentes à página, além de ser sempre grossa e resistente. “Uma coisa incrível é como os leitores se interessam pela capa. Pela experiência tátil, pelo design... eles gostam de tocá-la e sentir o verniz, etc.”, comenta Ericson Straub, editor chefe da revista, em entrevista por e-mail.

A imagem abaixo ilustra as aplicações de diferentes técnicas de impressão na capa da edição de número 33.








As abelhas no desenho, impressas sobre papel couchê 300g, possuem textura porosa em áreas determinadas, como os pêlos das patas e as linhas das asas; a flor, sobre o olho esquerdo da garota, assim como o título da matéria de capa (“Tendências, modinhas e pesquisa”), o anel e o nome da revista possuem textura emborrachada e brilhante, produzida através de verniz sobre papel. O nome, ainda, é de cor dourada e brilhante, sendo capaz de reproduzir, de forma bem embaçada, o reflexo do leitor que a avista.









A revista, por si só, num aspecto mais físico e menos visual, apresenta-se de forma sólida, cúbica e bem acabada, criando atmosfera profissional. A alta gramatura das folhas permite que o papel mantenha-se liso e estável, mesmo com o efeito do tempo e da umidade, que, ao contrário de outras revistas, enrugariam com algumas semanas.


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O que a pornochanchada nos deixou... [Augusto Drumond] #5


O filme assistido para essa última quinzena foi o filme “A Dama de Paus”, do diretor Mário Vaz Filho. O longa que é estrelado por Débora Muniz e tem a participação de José Mojica Marins (sim, o nosso Zé do Caixão) conta a história de uma mulher que, infeliz com o marido alcoólatra, consegue chegar ao prazer através dos alucinantes sonhos eróticos que possui. A personagem principal faz com que seja despertado no espectador o possível desejo do adultério, da mulher que se propõe a se divertir com vários homens.

 Como o filme é de 1989, ele está inserido em uma época já marcada pelo declínio da pornochanchada, onde a junção de comédia com erotismo deixa de ser uma boa combinação. O sexo passa a ser mais explícito e os filmes propriamente de comédia passam a ter referências eróticas mais sutis.

Mesmo com o declínio do gênero no Brasil, podemos pensar nos resquícios e na herança que a pornochanchada deixou para a produção audiovisual no país. Segundo a pesquisadora Flavia Seligman a questão da sexualidade sempre esteve presente no cinema brasileiro, porém, em determinados momentos ela estava mais explícita.  No cinema de retomada por exemplo, a sexualidade fala para um público mais refinado e que têm, pelo menos 30 anos de boa televisão como referência. As personagens femininas não são necessariamente o foco da questão sexual também, elas já não são tão estereotipadas, e voltam mais modernas e resolvidas,  não é mais necessário manter o recato nem guardar a moral e os bons costumes.

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"O emburrecimento generalizado." CASOY, Boris. [Marina Dayrell] #5



“O compromisso fundamental do jornalista é com a verdade dos fatos e seu trabalho se pauta pela precisa apuração dos acontecimentos e sua correta divulgação.” - O Código de Ética do SJJP

Ao longo das cinco quinzenas que conduziram esse trabalho, foram lidos diversos blogs, sites, acervos de jornais e um livro sobre o caso “Escola Base”. A história foi apresentada desde o seu princípio até um acompanhamento ocorrido nos últimos anos. Por fim, chega o momento de assistir a um documentário realizado por alunos de jornalismo da Universidade Mackenzie (SP). O filme foi produzido em 2004, em comemoração aos 10 anos do caso, pelos estudantes Thiago Domenici, Paulo Ranieri e Gustavo Brigatto.

Para esse postagem, o documentário foi empregado como uma maneira audiovisual de sintetizar o caso. Além disso, através dele, é possível assistir a alguns trechos de depoimentos e entrevistas dos principais envolvidos no caso e, também, de jornalistas renomados cujos sensos de ética e moral analisam a cobertura e disseminação das informações. Após quatro postagens, enfim, chega a hora de vermos os rostos de alguns dos personagens principais dessa barbárie noticiosa.

O relevante de se concluir nessa quinta postagem vai além de uma discussão acerca do jornalismo ético. Também, é importante uma reflexão acerca da pouca notoriedade do caso Escola Base nos dias atuais. Raramente este caso é mencionado pela mídia e, ao longo desse trabalho, pude aferir que, pelo menos, metade de meus colegas de turma o desconhece. Então, o que fica aqui é a identificação da necessidade de tornar ainda mais público, por mais contraditório que isso possa ser, os desdobramentos e as consequências desse caso. Por fim, é racional considerar que as discussões acerca do ocorrido não guiem apenas estudantes de jornalismo e os envolvidos com a mídia, em geral. Mas que, também, provoquem suas reflexões em uma parcela significativa da população, na esperança de que, mídia, “fazedores de mídia”, justiça e pessoas entendam e se conscientizem da linha tênue existente entre justiça e barbárie.

Para você que acompanhou e, também, para os que perderam as outras postagens (Ainda dá tempo de se inteirar!):


“A busca pela atenção do público é saudável até o limite da honestidade e da ética. Até o limite de você ser um grande contador de história, mas que você não altere a história a seu favor.” > Marcelo Tas.
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Análise de propagandas de cunho educativo: Dengue. [Pedro Lucchesi] #5


A dengue é um problema que atinge todas as regiões do país, de modo que tanto o governo federal, como estados e prefeituras, possuem campanhas de prevenção contra o mosquito transmissor dessa doença infecciosa, o Aedes aegypti.
Entendo que por esse motivo, consegui selecionar para essa postagem propagandas bem diversificadas, embora referentes a um mesmo assunto, as quais seguem a baixo:


                                   
                                         
                                             


Percebe-se que a peça produzida pelo Governo Federal tem um formato mais tradicional e formal, o que fica evidente com a utilização da legenda. No vídeo, há uma correlação entre as falas do agente de saúde e dos cidadãos e as ações praticadas por eles, por exemplo: uma mulher fecha a lixeira enquanto diz que não adianta o governo investir na prevenção se a população não fizer sua parte. Também fica claro que um dos objetivos dessa mensagem foi a de mostrar o agente de saúde como um sujeito que está ali para ajudar, com o intuito de que na vida real ele seja bem visto.

Na propaganda realizada pelo estado do Rio Grande do Sul há um tom familiar e infantil, o que dá a impressão de que tem como alvo as crianças. Isso se deve ao caráter didático da mensagem, em que as imagens exemplificam as falas, mas também pela vasta utilização de cores alegres e chamativas e por algumas expressões do narrador, a exemplo de “lave sempre os pratinhos dos vasos”. A participação de toda a família no combate à dengue também é levantada no vídeo.

Diferente das propagandas já mencionadas, aquela feita pela prefeitura de Salvador tem um tom humorístico, é baseada na relação entre a letra de uma música de sucesso e o mosquito da dengue, que é apresentado de forma pitoresca. A peça destaca a união de toda a comunidade contra a dengue. Penso que essa brincadeira tem o objetivo de atrair a atenção do espectador, para que em um segundo momento ele reflita sobre o que viu. 
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sexta-feira, 22 de junho de 2012

Os poetas anônimos da Pompéia: artefatos em latim vulgar [Lucas Afonso Sepulveda] #5

"Eles [os romanos] não eram insensatos, brutos ou violentos, tinham sentimentos e valores, muitos dos quais estão conosco, de forma transformada."
(FUNARI, P. Paulo. A vida quotidiana na Roma Antiga. Editora Annablume, 2003)

Grafite pompeiano, autor anônimo, tradução encontrada na obra de Funari

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Conar e os comérciais da Hyundai - [Marcos Cerqueira] #5



Para o fechamento do meu plano de projetos estudei as possíveis conseqüências das ousadas ações publicitárias da Hyundai. Como já tinha algum conhecimento prévio do assunto, fui ao site do Conar e busquei uma série de vídeos feitos pela Fiat ridicularizando o narrador e o texto dos anúncios da Hyundai.
Fazendo uma simples busca pelo site do Conar achei varias resoluções do ano de 2008 em que empresas entraram com recursos contra as propagandas. Como exemplo, cito o caso em que a Toyota entrou contra a ação que utilizava o seguinte slogan: "Mais potente que um Mercedes Classe C. Mais admirado que um Lexus 350. Mais espaço interno que uma BMW Série 7. E o mais importante: o preço".  Apesar da defesa, o Conar decidiu a favor da Toyota.
Esse não foi o único caso em que as propagandas comparativas da Hyundai geraram algum processo. Entre 2009 e 2010 a marca sofreu mais de dez processos no Conar, alguns tendo decisões favoráveis, contrárias ou outros sendo arquivados.
Um dos casos que teve mais repercussão foi a briga pública envolvendo Hyundai e Kia, empresas que parecem ser rivais mas são controladas pelo mesmo grupo coreano. A Hyundai em seus anúncios em que comparava o produto Tucson como campeão de vendas, não citava o Kia Sportage como concorrente direto, quando mais do que isso, são irmãos de plataforma, ou seja, compartilham os mesmos componentes na linha de montagem.
Por fim, coloco aqui um vídeo que a montadora Fiat fez, zombando da Hyundai e de seus anúncios com voz marcante e texto também.
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Vanessa Bruno, é um prazer te conhecer. [Fernanda Bontempo] #5

Meu quinto e último post desta etapa se sustenta na análise do ESTILO das campanhas da Vanessa Bruno de uma maneira geral. A meu ver, a marca enxerga a moda como uma obra de arte. E por isso, seus anúncios não podem ser simples propagandas, eles têm que ser inspiradores e grandiosos.

As campanhas revelam que são bem planejadas. A produção se mostra impecável, e nenhum detalhe parece ter saído errado. O estilo dos vídeos e fotos é basicamente o mesmo, artístico e conceitual. Investem em imagens bonitas e significados ocultos. Os produtos não se destacam, e os preços nunca aparecem. A marca tenta transmitir sensações. Ela busca despertar a curiosidade e mostrar sua essência de forma sutil.

São campanhas diferentes no mercado. Eu sinto que nelas a publicidade é trabalhada com paixão. Não querem simplesmente vender um produto, querem inovar, criar conceitos e transmitir ideias. Esse aspecto dos anúncios da Vanessa Bruno se conecta com o conteúdo do livro de Stalimir Vieira, “O raciocínio criativo na publicidade”, no qual diz que os publicitários criativos são movidos por paixão, que querem sempre sair do padrão e fazer o contrário do comum.

Em minha opinião, a equipe de criação da marca francesa é criativa e trabalha com intenção, com vontade de se destacar a tocar as emoções do consumidor. Talvez seja uma percepção falsa, mas é o que eu tento acreditar e quero trabalhar desta maneira. Criando campanhas inovadoras, artísticas e intensas, que despertem algo naqueles que tem contato com elas, e não apenas o desejo de consumo.

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O fim de uma história [Pedro Guimarães de Pinho] #5

 Oprah em meio a platéia, no episódio final de The Oprah Winfrey Show

 Oprah no estúdio, 25 anos antes, quando havia sido contratada pra reanimar um programa de baixa audiência em Chicago. 
Em 2011, The Oprah Winfrey Show completa 25 anos, em sua temporada final. Desde o anúncio de seu fim, em uma coletiva de imprensa, muito foi especulado sobre como se daria esse último episódio. Afinal, o programa de Oprah não era mais um pequeno show de verba pequena, com cadeiras de plástico e transeuntes na platéia. Pessoas esperavam meses para conseguir um ingresso, agentes de celebridades brigavam para conseguir que seus clientes fossem convidados para o programa e cada episódio mantinha níveis de audiência bem altos. O programa já havia sido exaustivamente copiado em inúmeros outros programas do mesmo nicho e era muito famoso ao redor do planeta. 
Os últimos episódios se dedicam a fazer uma retrospectiva, mostrando melhores momentos, entrevistas com produtores, bastidores de episódios famosos e velhos convidados retornando ao palco para mostrar que havia mudado em suas vidas. Faltando dois episódios para o fim, a equipe de Oprah faz uma suspresa de proporções gigantescas: Os apresentadores eram Tom Hanks e Tom Cruise, shows de Aretha Franklin e Beyoncé, além de uma aparição de Madonna, dizendo que Oprah foi uma grande influência em sua vida, entre muitos outros convidados estrela. 
Oprah e Madonna

Porém, esse grande espetáculo não se assemelharia muito aos 25 anos do programa. Oprah e sua equipe, em mais um inteligente jogo para conquistar a audiência, dedicam o programa final ao que o programa sempre foi: uma conversa com os espectadores. O último episódio não tem nenhuma surpresa, nenhum presente, nenhum convidado famoso. A última hora de 25 anos de programa é bem parecida com o primeiro episódio: Oprah, em meio a platéia, conversando sobre o que o público havia tirado nesses 25 anos. Dessa forma, se finaliza um programa que soube manter sua identidade (que funcionou muito em termos monetários) e fidelizar seus espectadores, ao tentar construir uma identificação entre o público e o que estava na televisão.

 

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Martin Scorsese e a violência: Cassino e Os Infiltrados [Nina Rocha] #5


Em grande parte de sua filmografia, Martin Scorsese brinca a todo instante com o crime e seu maior e mais fatal flerte é com a mafia. Nos filmes selecionados para esta quinzena os mafiosos são personagens centrais nas histórias, e diferente do usual, Scorsese desloca essas tramas de Nova York, sua cidade natal e mais presente em seus filmes, para Las Vegas e Boston.

Em Las Vegas acontece a história de "Cassino", que muitos consideram como um primo próximo de Bons Companheiros, tanto pelo elenco, tanto quanto pela semelhança que os próprios personagens vividos pelos mesmos atores apresentam nas duas tramas, como é o caso do gangster vivido por Joe Pesci. O longa retrata a história de Sam Ace, interpretado por Robert De Niro, que se torna gerente de um cassino em Vegas e toda sua trajetória com o envolvimento com o crime organizado, não só nas atrações de jogos de azar, mas também nos jogos de poder de corrupção que nutrem a atmosfera própria daquele local. Ace também possui um relacionamento com uma prostituta vivida por Sharon Stone, com quem se casa e nutre uma relação fundamentada em ciúmes - semelhante a que Robert De Niro interpreta em Touro Indomável - e traição. 

Em Boston, Scorsese relata, em seu filme mais premiado, um policial infiltrado em uma facção da máfia irlandesa e um agente da máfia infiltrado na policia, focando na história da vida dupla e perigosa que ambos levam. Ambos crescem e ganham confiança no lugar onde foram infiltrados - que pode ser comparado a história do também infiltrado na máfia Amsterdam, em Gangues de Nova York. Apesar de cenas explicitas de violência física, tal como a marcante onde Jack Nicholson bate na mão quebrada de Leonardo DiCaprio com uma bota, o filme retrata bem mais, e de uma forma bem real  o drama que passa o personagem que precisa acobertar duas vidas e não poder de fato fazer parte de nenhuma e como isto o perturba e reflete em seu comportamento bruto e violento. 


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Percepções sobre o Twitter [Larissa Campos] #5


Para esta última quinzena de estudos sobre as apropriações do Twitter e seu diálogo com as mídias tradicionais, havia estabelecido em meu plano de estudos a tentativa de  fazer algum contato com um especialista nesta área de mídias digitais, mas infelizmente não consegui. Com o final do semestre chegando, infelizmente, não houve disponibilidade de minha parte para encontrar com alguem. Fica a lição para a disciplina de Projetos AII, que, se caso eu necessite de alguma entrevista especial, devo planejá-la pelo menos para  3° quinzena. Porém, recorri à anotações feitas em algumas palestras sobre marketing digital que participei durante o semestre, como forma de tentar, pelo menos em parte, solucionar este problema. A alternativa  encontrada foi válida porque em meus registros encontrei um aspecto  interessante do microblog que eu ainda  não havia me dado conta: o Twitter como gerenciador de audiências através dos perfis de celebridades.Por exemplo,os perfis de Marcelo Tas, William Bonner, dentre outros, dizem muito mais a respeito do que somente a popularidade das pessoas públicas que são.Elas refletem também a popularidade do contexto midiático no qual estão inseridos. Outra questão interessante  é que normalmente as reclamações de produtos e serviços feitas via Twitter, podem ser mais eficazes do que reclamações via Procon, e traz resultados mais imediatos também, como mostra esta reportagem da Folha.  



Tive uma conversa com alguns usuários e pude perceber que a percepção deles do Twitter, está relacionada com o uso que cada um faz do mesmo. Para alguns, o microblog serve como uma válvula de escape, no qual é possível expor situações cotidianas com um toque de humor e interagir com as pessoas que se identificam com cada situação. Já para outros, o Twitter serve como boletim diário das coisas que acontecem no mundo. Estas pessoas normalmente postam pouco e só seguem aquelas que divulgam conteúdos que as interessam. Há ainda aqueles que fizeram Twitter há muito tempo, quase não postaram nada e nunca entram, com a justificativa de que não entendem como o microblog funciona.

Justamente na reta final de meus estudos, foram divulgadas duas notícias importantes a respeito do Twitter. A primeira é o anúncio datado de 12 de junho dizendo que o funcionamento do Trending Topics mudou. A partir de agora eles serão selecionados de acordo com a  região na qual o usuário mora, e os perfis que segue. Se por um lado é legal ficar sabendo justamente assuntos de seu interesse, por outro, o twitteiros ficarão condicionados a conviver sempre dentro de seu universo, com opiniões parecidas com a deles e o poder construtor do diálogo e da discussão se perde. Esta novidade se relaciona com a constante tendência de personalização da web, na qual algorítimos matemáticos selecionam o" conteúdo ideal para você", assim como o Facebook e o Google já faz. A segunda notícia é bem interessante, principalmente para nós, belo-horizontinos. De acordo com o jornal Financial Times, o Twitter pretende abrir um escritório em solo tupiniquim. A empresa estaria interessada em ampliar seus negócio pelo Brasil, visando principalmente a Copa do Mundo e as Olimpíadas e há boatos de que a cidade escolhida  para abrigar tal escritório seria Belo Horizonte.

Durante estas cinco quinzenas de estudos, entendi que o Twitter é uma ferramenta de ativação que incita as pessoas a se posicionarem  a respeito tanto de assuntos  fúteis como de assuntos de extrema relevância. Pude perceber como o tema escolhido é amplo, podendo direcionar questões e estudos para diversas áreas, mas também percebi o como ele é legal de estudar. Talvez, seja porque é estimulante, para mim, ficar conectada, fazendo do que antes era apenas um passatempo, um objeto estudo, mas também porque analisar como 140 caracteres podem mobilizar de diferentes maneiras uma sociedade, é muito próximo de meu dia a dia, no contexto atual. 




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