segunda-feira, 11 de junho de 2012

Vida longa aos bordões e ao rádio esportivo! [Pedro Lucas Amim] #4

No post anterior analisei as entrevistas e as opiniões dos ouvintes do rádio esportivo. Me surpreendi muito com os diversos fatores negativos citados por diferentes entrevistados acerca do uso de bordões. É aí que se encaixam os questionamentos: Afinal, será que o uso dos bordões é um recurso indispensável? Quais seriam os limites de atuação do rádio esportivo?


Durante todo meu trajeto nesse projeto acredito eu que o bordão é sim um recurso indispensável, principalmente por atribuir uma identidade única ao jornalista e a emissora de rádio, além do fato de entreter o público e tornar as transmissões esportivas emocionantes até mesmo em jogos entediantes. O bordão é, na realidade, um patrimônio do rádio esportivo e peça fundamental para a perpetuação desse meio de transmissão extremamente tradicional e popular.


Porém é importante frisar que eu considero extremamente plausível a opinião de alguns entrevistados que não aprovam os bordões. Isso, pois seu uso pode passar uma ideia de falta de seriedade por parte dos jornalistas, pode ser visto como algo ultrapassado e resquício de não renovação, além do fato de causar uma evidente parcialidade nas narrações. Entretanto esses fatores negativos não são, ao meu ver, empecilhos fortes para a ruptura dessa espécie de "tradição" no rádio esportivo sendo que a questão da parcialidade, citada por 2 entrevistados, se deve muito mais ao fato do alcance regional das emissoras do que ao uso de bordões.


No que se refere aos limites de atuação do rádio esportivo acredito que nenhuma novidade apareceu. Na verdade juntando o que vivenciei até agora e com o conhecimento prévio que eu tinha sobre o assunto, creio que o grande limite do rádio é pura e simplesmente a falta de imagem. Isso principalmente porque hoje podemos escutar rádio em celulares, computadores, Ipod's, aparelhos de som convencionais e automotivos e, acredite se quiser, até na televisão. Essa possibilidade de se acessar esse meio a partir de diferentes plataformas, de forma mais fácil e em várias ocasiões mostram que dificilmente o rádio esportivo sairá de cena, afinal, quem acompanha futebol, de certo já teve que recorrer ao radinho em situações como a festa de casamento daquela prima da sua mãe na hora do jogo do seu time. Fato provado em pequena escala pela pesquisa por mim realizada em que 8 dos 10 entrevistados afirmaram acompanhar as transmissões esportivas no rádio.


PS: Inverti no meu cronograma as postagens 4 e 5. Tinha previsto para a postagem 4 a entrevista com um profissional da Rádio Itatiaia. Tentei contato durante a última semana mas não consegui marcar um horário. Creio que essa inversão não atrapalhará o andamento do projeto e acho até melhor finalizar as postagens com essa entrevista.  Espero a compreensão dos monitores.

Um comentário:

  1. Bem legal seu texto, Lucas.
    Mesmo que você tenha mantido, de certa forma, a sua ideia primeira sobre as transmissões de futebol no rádio e o uso dos bordões, não descarte as opiniões divergentes para te fazer refletir e ser ainda mais crítico com relação a esse meio!

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