Por fim, procurei saber a opinião
de um profissional da moda sobre todo o movimento de divulgação da moda em
cunho diferente, que analisei durante esse semestre.
Paulo Borges, o entrevistado, começou
sua carreira na área nos anos 80, trabalhando na Vogue Brasil com a jornalista
Regina Guerreiro, e já no início da década de 1990 produziu vários desfiles
para estilistas brasileiros.
Em 1997 fundou o Morumbi Fashion,
que mais tarde se tornou o São Paulo Fashion Week, onde agora é diretor
artístico.
Além disso, é presidente do Grupo
Luminosidade, que atua em marketing estratégico, produção de eventos e
conteúdo, com foco em moda, comportamento e cultura.
Eu: Como profissional, o que você
acha da importância dos blogs no mundo da moda?
Paulo: Eu acho que essa questão dos
blogs é uma evolução natural da moda como comunicação. É uma plataforma nova,
uma plataforma de rede, digital, é o papel de comunicação principalmente para
os jovens. Não existe uma migração, existe uma abertura. São novos papéis. Eles
abrem a oportunidade para quem gosta de produzir, e não só ver.
Eu: E sobre os sites de street style?
Paulo: Eles têm o sentido de dar
dinamismo pro olhar da moda. Cada vez mais, moda é o olhar imediato, é o olhar
contemporâneo, é o que está acontecendo, é o desejo das pessoas.
A internet ajuda muito quem cria
moda a sentir o que está acontecendo e a detectar quais são os desejos das
pessoas, quais são os movimentos que estão acontecendo.
Eu: Você acha que essas imagens de
estilos próprios, que são cada vez mais divulgadas, influenciam nas criações
dos estilistas?
Paulo: Não é uma questão de influenciar,
é mais de inspirar. Para alguns estilistas olhar aquela imagem ajuda a
inspiração, e para outros não, é só um radar, uma imagem que se faz.
Que bom que você conseguiu a entrevista. Só não entendi a diferença que ele faz entre influenciar e inspirar. Pra mim é a mesma coisa. E pra você?
ResponderExcluir