Devido à
deteorização da imagem pública dos envolvidos, tornou-se muito difícil ter
acesso ao paradeiro das vítimas, antes acusados, da Escola Base. Após realizar
uma vasta pesquisa, só consegui encontrar informações - provenientes de fontes
confiáveis – datadas de 2004, quando completou 10 anos que a primeira denúncia
foi realizada. Ainda sim, o conteúdo encontrado – e aqui exposto – cumpre o
papel de conhecimento e reflexão acerca das consequências da dinamização do
ocorrido. Deixo claro, então, que todas as informações expostas abaixo possuem
como referência os anos de 2003 e 2004.
(Inácio França - http://www.caotico.com.br/como-se-fosse-ontem-escola-base/)
Ayres:
Segundo
Thiago Domenici, jornalista da revista Caros Amigos e um dos idealizadores do
documentário “Escola Base”, Ayres (Shimada) ainda trabalha em um xerox na Praça
da Sé. Não dorme sem tranquilizantes,
caminha sempre em alerta e fuma mais do que o habitual. Além disso, sofreu três
enfartes desde 1994.
Cida:
A esposa de
Ayres, segundo Alex Ribeiro, carrega consigo uma forte depressão e vive a base
de calmantes.
Maurício e
Paula:
O casal se
divorciou depois do ocorrido. Maurício sofreu alguns distúrbios psicológicos,
como mania de perseguição e síndrome do pânico. Durante muito tempo, só saia de
casa com guarda-costas. Após 7 anos, Paula ainda estava desempregada. Tentou
resolver seus problemas financeiros realizando “bicos” e, à época de publicação
do livro de Alex Ribeiro (Caso Escola Base: Os abusos da imprensa), ela
esperava ansiosamente o chamado do programa “Porta da Felicidade”, de Sílvio
Santos, em busca de dinheiro.
Cléa e Lúcia:
As duas
acusadoras se recusam a tocar no assunto da Escola Base. Seus filhos seguem
fazendo tratamento com a psicóloga W.F.Duarte, da USP. Walquíria mantém a
opinião de que houve abuso sexual e acredita que irá descobrir quem foram os
criminosos ao longo de seu trabalho.
Edelson
Lemos:
Foi
transferido para o setor de cartas precatórias e detém o posto de Delegado
titular.
Jornalistas
e meios de comunicação:
Os
jornalistas responsáveis pela cobertura dos casos continuam atuando em suas
carreiras (salvo por razões externas ao caso). Muitos meios foram processados e
condenados a pagar indenização aos acusados. No entanto, quase nada foi, de
fato, cumprido até julho de 2012.
O paradeiro
dos envolvidos no caso Escola Base, ainda que não detenha informações recentes,
possibilita a continuação da reflexão levantada nos posts anteriores. Mesmo que
haja dezenas de seminários sobre o assunto, algumas páginas dedicadas à
retratação e grandes indenizações – ainda que estas não tenham acontecido -,
será mesmo possível compensar todo o mal já causado? De certo, não há dinheiro
que traga de volta a vida detida pelos envolvidos antes do caso. No entanto,
ainda há erros passíveis de serem consertados. Uma maior divulgação e repercussão
da inocência das vítimas poderia evitar o medo que Maurício tem de andar na
rua. O dinheiro das indenizações poderia auxiliar na cura da depressão de Cida
e Paula. É verdade que nem todo o dinheiro do mundo é capaz de apagar da
memória certas lembranças, mas, nesse caso, ele pode significar justiça e a
possibilidade de reconstrução de uma vida longe de toda essa bagunça. E você, o
que acha?
Ótimo post, Marina!
ResponderExcluirSaber do impacto na vida das pessoas envolvidas só faz aumentarmos nossa indignação com a falta de cuidado e ética na atuação dos profissionais da mídia relacionadas ao caso.
Aliás, todas essas informações você tirou desse blog que colocou o link? Se não, seria interessante colocar as referências.
ResponderExcluirO que eu acho um despautério, é o delegado responsável pelo caso, apesar de todas as atrocidades que ele cometeu com as vítimas, continuar exercendo o seu posto como se nada tivesse acontecido. Isso é revoltante!!! E quanto aos repórteres, estes deveriam ter sido demitidos!
ResponderExcluirO que eu acho um despautério, é o delegado responsável pelo caso, apesar de todas as atrocidades que ele cometeu com as vítimas, continuar exercendo o seu posto como se nada tivesse acontecido. Isso é revoltante!!! E quanto aos repórteres, estes deveriam ter sido demitidos!
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