Não há como negar que o diálogo entre o Twitter e os conteúdos televisivos se fazem presentes, de forma intensa, de uns tempos para cá. Os exemplos que apresentei nos dois últimos posts que publiquei ilustram bem essa relação.
Alguns programas de TV utilizam o microblog como ferramenta de interatividade e aproximação com o público. O Twitter possibilita ao telespectador participar de sorteios, promoções enviar sua opinião a respeito de um tema abordado, enviar perguntas aos convidados e aos participantes de tal programa.
O público, também, se apropria do Twitter como espaço de troca de opinião e comentários para aquilo que passa na Televisão. Provavelmente, na timeline de qualquer tuiteiro,haverá ao menos um perfil, que estará comentando sobre a novela, um reality show, as atrações de um programa de auditório, jogos de futebol, a repercussão de uma entrevista polêmica ou de algum crime ou de uma grande tragédia noticiada pelos telejornais. Há grandes chances também, de que haja pelo menos um tópico diário no Trending Topics Brasil a respeito de um conteúdo televisivo.
Mas nem só de recepção e compartilhamento de informação vive um tuiteiro.Os usuários também são capazes de produzir e difundir informação. Flávia Lopes em " A reconfiguração dos veículos tradicionais frente à popularização das mídias sociais" destaca um fato importante ocorrido em 2009. Em novembro daquele ano ocorreu em 18 estados brasileiros um apagão. Às escuras, sem energia e sem informações sobre o acontecido, muitas pessoas recorreram ao Twitter como principal meio de buscas e difusão de notícias .Através de celulares, notebooks e palms, os usuários se inteiravam sobre o que estava acontecendo. Até mesmo a Usina de Itaipu utilizou o microblog para divulgar informações sobre o incidente.
Um exemplo recente de como o Twitter, mesmo com assuntos considerados de pouca relevância, consegue influenciar as pautas de grandes telejornais, é o caso da Luiza, aquela, que estava no no Canadá.
Tudo começou com este vídeo que se popularizou no Twitter e virou Trend:
A partir de então, Luiza foi assunto de vários telejornais:
Até que o âncora Carlos Nascimento fez essa declaração polêmica que foi bastante discutida nas redes sociais:
Mas até que ponto levar para a televisão os assuntos que se popularizam na internet pode ser considerado " falta de inteligência"?
Olá, Larissa. Continuo seguindo suas postagens, continue assim que você está indo bem. Em relação ao comentário do âncora, como você se posiciona a respeito? O problema talvez não seja o fato de que assuntos banais tenham chegado à televisão (e o de dizer que é "falta de inteligência" não constribui para pensar o fenômeno), mas o fato é que existe todo um investimento estratégico dos grandes meios de comunicação em privilegiar determinados assuntos e atores sociais, em detrimento de outros (que são relegados estrategicamente à invisibilidade). Acho que no final das contas existe uma questão ética sobre a qual podemos refletir. O que é silenciado enquanto assuntos tão triviais são exaustivamente visibilizados?
ResponderExcluirAbraço!