A insatisfação com a qualidade do jornalismo entre a
audiência e entre os próprios jornalistas vem se tornando comum, principalmente
quanto à suposta parcialidade e comprometimento
da mídia com interesses comerciais, além de imprecisões ou erros contidos em reportagens, a imagem ao lado seria uma crítica a esse modelo. Até então,
quem se sentia insatisfeito com esse formato de jornalismo tinha formas de
expressão limitadas, contavam apenas com o instrumento de cartas, telefones ou
publicações caseiras para expressar suas opiniões ou publicar matérias como pensam que estas deveriam ser. Porém, hoje
podem empreender esforços individuais ou coletivos para produzir suas próprias
informações, principalmente com maior acesso à internet por parte da população.
As tecnologias em comunicação possibilitam que a informação tenha um fluxo mais
livre a partir desses grupos que buscam um novo formato de jornalismo,
desvinculado da mídia oficial.
A população passa a se interagir mais facilmente com os
meios de comunicação, passam a dar suas
próprias visões dos acontecimentos através de imagens, vídeos, textos e áudios,
e com isso alguns meios de comunicação passam a incorporar essas produções a seu
material a ser divulgado. Inclusive, a própria mídia oficial possibilita essa
interação, em seus sites existem formas para que a população envie conteúdos,
através de sms, Twitter, e-mail, telefonemas e até mesmo postagem de
comentários sobre as notícias veiculadas. Tal fato demonstra que apesar do
Jornalismo participativo ser uma vertente diferente do Jornalismo Oficial, os
dois formatos podem coexistir e até mesmo se interagem. A utilização do
Jornalismo Participativo pode dar à matéria uma abordagem mais interna sobre a
questão abordada, uma abordagem que
melhor se aproxima do público o que pode lhe conferir uma maior
credibilidade, tal abordagem dificilmente seria dada pela mídia, já que sua
abordagem seria mais geral, mais expositiva.
A relação entre sociedade e meios de comunicação se torna
cada vez mais próxima, destacando o processo de comunicação como interativo com
base na definição de comunicação onde ela não é vista apenas como um produto,
ou simples envio de uma informação, não é somente a produção e interpretação de
mensagens, mas um processo intersubjetivo de troca de informações.
Fontes: PRIMO, Alex; TRÄSEL, Marcelo Ruschel.
Webjornalismo participativo e a produção aberta de notícias. Contracampo (UFF),
2006. Disponível em: <http://www6.ufrgs.br/limc/PDFs/webjornal.pdf>
No segundo encontro presencial apresentei uma idéia para o último post, que seria uma análise entre duas notícias e uma pequena pesquisa de recepção a cerca delas. Porém o tempo seria muito curto para a realização da pesquisa de recepção, sendo assim, o último post está de acordo com o cronograma.
ResponderExcluirok ok, comprendido. E o que seria uma abordagem mais interna?
ResponderExcluirSenti a falta de você falar mais sobre meios como o wikinews. Mas farei perguntas na apresentação final.