É praticamente impossível
ler os livros de J.K. Rowling sem notar as diferenças que foram surgindo na
medida em que estes foram lançados. Harry Potter cresceu junto de seus fãs e
esse foi um dos motivos que fizeram com que a série se modificasse com o tempo.
Em Harry Potter e a Pedra
Filosofal é possível notar que os acontecimentos que cercam o “menino que
sobreviveu” são, de certo modo, infantis. Harry precisa inicialmente encarrar
um cachorro gigante e raivoso, para evitar o roubo da Pedra Filosofal. Em
contrapartida, do livro posterior até o fim da saga, Harry passa a encontrar
situações cada vez mais complexas e seu arqui-inimigo – Lord Voldermort –
começa a ser tornar, gradativamente, mais próximo e real.
As aparições “daquele-que-não-deve-ser-nomeado”, funcionam como um catalisador na transformação dos sentimentos da história, uma vez que ele é responsável por grande parte das situações de perigo e mortes que acontecem na série. É possível perceber o quanto o clima vai se tornando mais pesado e sombrio a partir do momento que o Lord retorna aos ataques. No primeiro livro o menino corre perigo, porém a magia de estar em Hogwarts pela primeira vez e de ter conhecido sua vida real, trazem certa suavidade ao enredo. Porém, a calmaria só retorna no último capítulo, do último livro da saga, quando os filhos de Harry estão indo para a escola, tranquilos, pois Voldermort estava, definitivamente, liquidado.
Além disso, é perceptível a mudança na relação entre os personagens. Decorrente do fato de que Harry, Rony e Hermione vivem em Hogwarts durante anos, a partir do quarto livro, começam a surgir vestígios de sentimentos, mas é somente a partir do livro seguinte, quando acontece o primeiro beijo de Harry Potter, que os amores começam a aparecer claramente. É deste momento em diante, que é oficializada a passagem do Harry criança, para o Harry adulto, que chega ao fim da série com um sentimento bem delineado por Gina Wesley.
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